Módulo de pouso da missão Chang'e 6 (Imagem: CNES/Reprodução)
Nesta semana, a China se tornou o primeiro país a conseguir amostras do lado oculto da Lua graças à missão Chang’e 6. A cápsula retornou à Terra com segurança e pousou na Mongólia na terça-feira (25).
O lado oculto da Lua permanecia um mistério que, agora, pode ser desvendado, mas a missão não trouxe tudo de volta ao nosso planeta: o módulo de pouso continua na superfície lunar. O equipamento foi o responsável pela coleta dos materiais que serão estudados e foi desativado.
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Só que, ao contrário do veículo de subida e da cápsula, o módulo de pouso não retornou à Terra como parte da missão Chang’e 6. Ele ainda está no lado oculto da Lua – e por lá ficará.
Quem deu mais notícias sobre o destino do equipamento foi a agência espacial francesa CNES, que contribuiu com a carga útil da missão chinesa. Segundo o Space.com, um assessor de imprensa da agência afirmou, via e-mail, que, conforme planejado, o DORN (uma carga útil de detecção de liberação de gás radônio no módulo) foi desligada pouco antes da Chang’e 6 deixar o lado oculto da Lua.
A decolagem, provavelmente, danificou os equipamentos que sobraram por lá, mas suas respectivas missões já haviam sido concluídas antes do desligamento às vésperas do retorno.
O módulo de pouso da Chang’e 6, no entanto, não tem os aquecedores de radioisótopos necessários para atividades de longo prazo no lado oculto da Lua. Isso significa que o equipamento não conseguirá se manter aquecido para ser usado em outras oportunidades e morrerá.
Esta post foi modificado pela última vez em 28 de junho de 2024 02:13