Os nomes dos planetas do nosso Sistema Solar, atualmente, são homenagens a deuses romanos. Mas já foram homenagens a deuses gregos. E isso é uma tradição do Ocidente. No Oriente, por exemplo, Marte se chamava Estrela de Fogo e Júpiter era Estrela de Madeira.
Quando a IAU (União Astronômica Internacional) surgiu, em 1919, é que bateram o martelo sobre os critérios de nomeação. Além dos planetas “normais”, definiu-se as regras para nomear planetas-anões (nomes pronunciáveis) e estrelas (siglas).
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Mercúrio
Os gregos chamavam o planeta de Hermes, em homenagem ao mensageiro mais veloz do Olimpo. Mercúrio, no caso, é a versão romana desse deus.
O planeta é o primeiro (e menor) do Sistema Solar. Seu nome veio por conta da sua velocidade de translação (ao redor do Sol): 47,87 km/s, isto é, 87 dias. O movimento que a Terra leva 12 meses para fazer, Mercúrio faz em quase três. Já sua rotação é lerda: demora 59 dias (na Terra, leva um dia).
Vênus
Encantados pelo brilho do planeta no céu noturno, os astrônomos da Antiguidade batizaram o planeta em homenagem à deusa do amor e da beleza. No panteão grego, era Afrodite. No romano, Vênus.
Vênus, segundo planeta do Sistema Solar, brilha tão forte que dá para vê-lo a olho nu – e chega a ser confundido com uma estrela. É o planeta mais quente do Sistema Solar (temperatura máxima supera os 480ºC), por conta do efeito estufa provocado pelos gases na sua atmosfera. Sua rotação leva 243 dias, enquanto a translação demora 224. A velocidade orbital é de 35 km/s.
Terra
Nosso planeta, o terceiro da fila no Sistema Solar, se chamava Gaia, entidade titânica grega que representa a terra. Aí, os romanos escolheram batizá-lo em homenagem à deusa Terra, geradora de todos os deuses. A inspiração foi a fertilidade do planeta.
A Terra é peculiar por ser o único planeta capaz de propiciar vida e sobrevivência dos seus habitantes (que a gente saiba até o momento). Tem um satélite natural, a Lua – aliás, já contamos como e quando ela se formou – leva 365,2 dias para dar a volta no Sol e 23,9 horas em si mesma. Sua velocidade orbital é de 29 km/s.
Marte
O quarto planeta do Sistema Solar recebeu esse nome pela sua cor vermelha, em alusão ao sangue derramado nas batalhas travadas pelo deus romano da guerra.
Sua cor avermelhada é por conta da quantidade de óxido de ferro na atmosfera. A temperatura média varia de 20ºC a 130ºC e suas duas luas se chamam Fobos e Deimos. A translação demora 687 dias e a rotação 24,6 horas, com velocidade orbital de 24 km/s.
Júpiter
Por ser o maior planeta do Sistema Solar, ganhou o nome do deus mais poderoso (no panteão grego, Zeus). Este é o deus dos deuses.
O quinto planeta do Sistema é o primeiro gasoso da fila, com temperatura média de -108ºC. Ele tem 67 luas, sua translação demora quase 12 anos, enquanto a rotação leva quase dez horas. A velocidade orbital é 13 km/s.
Saturno
Assim como Mercúrio, o sexto planeta do Sistema Solar foi batizado por conta do seu movimento de translação. É que ele demora 30 anos para dar uma volta ao redor do Sol, com velocidade orbital de 9,6 km/s. Por isso, recebeu o nome do deus do tempo.
Saturno é o segundo planeta gasoso do Sistema. Ele tem 60 satélites naturais conhecidos, temperatura média de -125ºC e sua rotação leva pouco mais de dez horas.
Urano
Já a motivação por trás do nome de Urano é parecida com a de Marte. Pelo planeta ser azul, cor semelhante à do céu, ele recebeu seu nome em homenagem ao deus do firmamento.
A cor azulada é por conta da quantidade de metano na atmosfera do planeta, sétimo da lista. Sua temperatura média é de -215ºC, enquanto a translação demora 84 anos (velocidade orbital é de 6,8 km/s) e rotação 17 horas. O planeta tem 27 satélites naturais e dez anéis.
Netuno
O nome do oitavo – e último, desde que Plutão passou a ser considerado planeta-anão, em 2006 – planeta do Sistema Solar tem a mesma motivação de Urano. Pelo planeta também ser azulado, por conta do metano na atmosfera, recebeu o nome do deus do mar.
Netuno também é um planeta gasoso, com temperatura média de -200ºC. Seu movimento de translação demora 164 anos, com velocidade orbital de 5,4 km/s, e rotação 16 horas. Ele tem 13 satélites naturais.
Talvez você esteja se perguntando porque ele não se chama Saturno – afinal, sua translação é mais devagar. Explicando: na época em que nomearam Saturno, em 1675, Netuno não tinha sido descoberto ainda. Só ficaríamos sabendo do planeta azulado 171 anos depois, em 1846.
Fontes: Fundação Cecierj e UFMG.
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