Os cientistas já identificaram diversos terremotos em Marte. Mas o que causa estes fenômenos por lá ainda era um mistério. Agora, uma nova análise de dados coletados por um sismômetro no planeta vermelho indica que eles podem ser resultado de colisões constantes de meteoritos.

Crateras na superfície de Marte são bastante comuns (Imagem: NASA)

Marte não está protegida de colisões

  • Milhares de rochas espaciais caem todos os anos na Terra.
  • A enorme maioria delas, no entanto, se desintegram na atmosfera.
  • Marte, por outro lado, tem uma atmosfera muito mais fina.
  • Isso significa que o planeta vermelho não conta com a mesma proteção contra estes impactos.
  • Além disso, nosso “vizinho” está muito próximo do cinturão de asteroides entre sua órbita e a órbita de Júpiter, aumentando as chances de colisões.

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Cratera formada por impacto em Marte (Imagem: NASA)

Quase um impacto por dia

Até agora, estimativas sobre a quantidade de impactos em Marte se baseavam em imagens de satélite. Em outras palavras, os pesquisadores analisavam as crateras na superfície do planeta e tentavam quantificar o número de colisões.

Agora, um estudo publicado na revista Nature Astronomy combinou o número de buracos com as detecções do módulo de pouso Mars InSight. O resultado foi surpreendente: a taxa de colisões é cinco vezes maior do que o estimado até então.

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De acordo com os pesquisadores, Marte sofre impactos quase diários de rochas do tamanho de uma bola de basquete que se chocam contra sua superfície. No total, são de 280 a 360 colisões por ano que são capazes de produzir enormes crateras de até 30 metros de diâmetro.

Agora, os cientistas querem tentar medir a idade destas crateras e, por consequência, a do próprio solo marciano. Todas estas informações são consideradas muito valiosas para eventuais futuras missões tripuladas ao planeta vermelho.