Qual é o continente com mais espécies de animais?

Uma região do planeta é considerada ideal pelos pesquisadores para que a biodiversidade e as espécies de animais prosperam
Por Alessandro Di Lorenzo, editado por Lucas Soares 02/07/2024 08h28, atualizada em 02/08/2024 20h20
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Imagem: Vitória Gomez via DALL-E/Olhar Digital
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Durante séculos, os cientistas têm identificado e catalogado espécies de animais ao redor do mundo. Milhões já foram descritas, mas muitas outras seguem desconhecidas até hoje. Mas qual é o continente que apresenta o maior número de espécies conhecidas?

Centros de biodiversidade no mundo

  • O avanço da tecnologia tem ajudado e muito no trabalho de identificação de novas espécies.
  • Antes da era digital, a maior parte das informações sobre estes animais vinha de coleções de museus.
  • No entanto, nos últimos 20 anos, houve uma verdadeira revolução nesta área e os cientistas agora estão usando uma série de novos dados para preencher as lacunas existentes.
  • Foi dessa forma que foi mapeada a distribuição de espécies em todo o mundo.
  • No final da década de 1980, o cientista Norman Myers criou o termo “hotspot de biodiversidade” para se referir a lugares com um número excepcionalmente alto de espécies em comparação à superfície daquela região.

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Biodiversidade é uma das marcas do nosso planeta (Imagem: Ravindra Singh Kwatra/Shutterstock)

Condições ideais para os animais

Atualmente, existem 36 hotspots de biodiversidade na Terra. A maioria deles está em continentes que cruzam a linha do Equador, onde o clima é mais quente e úmido.

A explicação para isso está nas plantas. Quanto maior a diversidade vegetal em uma região, mais fácil a propagação de outros organismos no mesmo local. E, embora as plantas possam viver em todos os tipos de condições, a maioria prospera em lugares quentes e úmidos.

Além disso, os insetos vivem em climas mais quentes, uma vez que não conseguem regular a própria temperatura corporal. Isso significa mais polinização e mais alimento para outros animais.

Para abrigar muitas espécies, um continente também deve oferecer uma variedade de habitats. Locais com alta biodiversidade têm muitos nichos potenciais para os animais ocuparem. Por exemplo, árvores altas ou montanhas criam variações verticais de temperatura, exposição solar e terreno que permitem que mais bichos coexistam sem competir pelos mesmos recursos ou habitat.

Imagem mostra uma região da floresta amazônica, iluminada pelo pôr do sol, com as árvores e neblina na parte de baixo
Floresta amazônica é o lar de centenas de espécies (Imagem: streetflash/Shutterstock)

Com base nestes fatores, a maioria dos cientistas concorda que a América do Sul tem o maior número de espécies animais. Da floresta amazônica, que tem uma vasta camadas de árvores para os animais ocuparem, à Cordilheira dos Andes, com dezenas de microclimas diferentes, a região é ideal para que a biodiversidade prospere.

No entanto, pesquisadores alertam que o desmatamento tem prejudicado este “cenário perfeito”. Eles defendem a adoção de medidas para evitar o desequilíbrio ambiental e o potencial risco de extinção de espécies no continente. As informações são do Live Science.

Alessandro Di Lorenzo
Colaboração para o Olhar Digital

Alessandro Di Lorenzo é formado em Jornalismo pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e atua na área desde 2014. Trabalhou nas redações da BandNews FM em Porto Alegre e em São Paulo.

Lucas Soares
Editor(a)

Lucas Soares é jornalista formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie e atualmente é editor de ciência e espaço do Olhar Digital.