As vacinas de reforço vieram para aumentar a imunização contra o vírus original da Covid-19 e suas variantes. Como a vacinação faz parte de uma estratégia de prevenção e controle da doença, agora que a maioria da população já está vacinada ou foi exposta ao patógeno, planos nacionais preveem a aplicação em grupos específicos, considerados de risco.

O infectologista do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) Max Igor Banks explicou para que serve e quem precisa tomar a vacina de reforço contra Covid-19.

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Vacina de reforço previne também contra variantes da Covid-19

  • Banks contou ao Jornal da USP que as primeiras vacinas contra a Covid-19 foram monovalentes, ou seja, o foco da imunização era contra a variante original;
  • Com o tempo e o surgimento de novas variantes, as vacinas se atualizaram e passaram a ser bivalentes, que protegem contra o vírus original e contra as variantes ao mesmo tempo, as de “reforço”;
  • Segundo infectologista, diante de novas cepas, a opção é por vacinar contra a variante que está em circulação no momento, como foi no caso da ômicron, mas que também protege contra evoluções;
  • Um exemplo disso é a nova vacina de reforço Spikevax, da Moderna, que será utilizada no Programa Nacional de Imunizações do governo e protege contra a última variante que mais circulou entre as pessoas (a XBB);
  • Banks ainda compara o caso à gripe: conforme o vírus evolui, as vacinas também, e as pessoas precisam continuar se imunizando.
Covid-19
Infectologista reforça importância de pessoas não vacinadas se protegerem (Imagem: Xeniia X/Shutterstock)

Vacina de reforço faz parte de plano de vacinação do governo

Desde janeiro, o Programa Nacional de Imunizações conta com a vacina de reforço como forma de elevar a proteção contra o vírus da Covid-19.

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O infectologista explicou que esse é um bom momento para a vacinação, porque a circulação do patógeno não está tão intensa como antes. Ou seja, quando o vírus voltar a circular, mais pessoas estarão protegidas.

No entanto, por agora, a vacina de reforço é direcionada para crianças até cinco anos, idosos acima de 60 anos e pessoas com comorbidade ou imunossuprimidas. Banks também chama atenção para a importância de gestantes e pessoas sem vacinas anteriores se vacinarem.