A Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD) determinou que a Meta suspenda o uso de dados pessoais de usuários para treinar sistemas de inteligência artificial. A ANPD justificou a suspensão com base nos riscos de danos graves e difíceis de reparar aos usuários, estipulando uma multa de R$ 50 mil por dia de descumprimento.

A política de privacidade da Meta, em vigor desde 26 de junho, permite o uso de informações públicas e conteúdos compartilhados em plataformas como Facebook e Instagram para treinar sistemas de IA generativa.

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Em nota enviada ao Olhar Digital, a empresa afirmou que a cumpre com as leis de privacidade e regulações no Brasil e que trabalhará com a ANPD para endereçar as dúvidas da entidade. A Meta classificou a decisão como um retrocesso para a inovação e a competitividade no desenvolvimento de IA. Outro trecho da nota argumenta que esse treinamento não é algo único da Meta. A companhia se disse mais transparente do que outros participantes dessa indústria, alegando que usa conteúdos públicos para treinar modelos e produtos.

Mas, afinal, como os nossos dados são usados para aperfeiçoar as IAs? E o que mais é possível fazer com as nossas informações pessoais? Assunto para o colunista do Olhar Digital Roberto Pena Spinelli.  

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A primeira coisa que as big techs costumam usar são os nossos dados para entender nosso comportamento. Entender nosso comportamento para poder oferecer um produto que a gente queira comprar, pode oferecer algo que seja mais interessante, pode inclusive até manipular o nosso comportamento no momento que ela entende esses dados. Com esses dados, dá pra fazer muita coisa. Os dados são realmente importantes. Talvez a diferença agora seja no treinamento de IA. Em princípio a Meta não estava usando para treinar mas agora tá dizendo que vai.
Roberto Pena Spinelli

A coluna Fala AI é exibida toda terça-feira durante o Olhar Digital News. Acompanhe!