Tubarões que vivem até 500 anos podem revelar segredo para longevidade

Pesquisadores descobriram que o metabolismo dos tubarões da Groenlândia não diminui com a idade, o que pode explicar a longevidade deles
Por Alessandro Di Lorenzo, editado por Bruno Capozzi 03/07/2024 12h19
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Imagem: Dotted Yeti/Shutterstock
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Como retardar o envelhecimento? Esta pergunta provavelmente já foi feita milhares (ou milhões) de vezes. Agora, pesquisadores decidiram se debruçar sobre os tubarões da Groenlândia, os vertebrados mais longevos do mundo, em busca de respostas.

Tubarões da Groenlândia podem viver até 500 anos

  • Esta espécie vive pelo menos 270 anos.
  • Mas, em alguns casos, podem chegar a impressionantes 500 anos de idade.
  • Teorias apontam que o ambiente frio que a espécie habita, combinada com o mínimo esforço que os animais fazem para se mover, pode explicar esta longevidade.
  • E, segundo este novo estudo, a atividade metabólica pode ser a resposta para a questão.
  • As informações são do IFLScience.
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Tubarão da Groenlândia é o vertebrado mais longevo do mundo (Imagem: Dotted Yeti / Shutterstock)

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Metabolismo desta espécie não diminui com a idade

Os pesquisadores realizaram análises em amostras de tecido muscular preservadas de tubarões da Groenlândia. Eles colocaram sensores em alguns animais e conseguiram medir a atividade metabólica com um espectrofotômetro.

Observando uma variedade de diferentes idades de tubarão e temperaturas ambientais, eles descobriram que não houve nenhuma variação significativa, o que indica que o metabolismo desta espécie não diminui com a idade, como é comum em outros animais. Os cientistas afirmam que este pode ser o segredo da extrema longevidade dos tubarões da Groenlândia.

Coleta de tecidos de tubarão da Groenlândia (Imagem: Ewan Camplisson/Universidade de Manchester)

Os resultados do estudo ainda mostraram variação entre as temperaturas ambientais, sugerindo que as enzimas metabólicas foram significativamente mais ativas em locais mais quentes. Isso significa que o metabolismo muscular dos animais não está adaptado para o ambiente polar.

Agora, a equipe pretende realizar novos estudos para entender como os tubarões podem reagir às mudanças climáticas. Os pesquisadores ainda querem entender como as novas descobertas podem ser aplicadas para retardar o envelhecimento humano.

Alessandro Di Lorenzo
Colaboração para o Olhar Digital

Alessandro Di Lorenzo é formado em Jornalismo pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e atua na área desde 2014. Trabalhou nas redações da BandNews FM em Porto Alegre e em São Paulo.

Bruno Capozzi é jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero e mestre em Ciências Sociais pela PUC-SP, tendo como foco a pesquisa de redes sociais e tecnologia.