Via Láctea pode estar cercada por várias “mini galáxias”, diz novo estudo

A descoberta de duas novas galáxias satélites orbitando a Via Láctea foi descrita por cientistas em um novo estudo
Alessandro Di Lorenzo04/07/2024 10h29, atualizada em 05/07/2024 21h05
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Um grupo de astrônomos fez uma descoberta que desafia a nossa compreensão do espaço (especialmente o que está mais “próximo” de nós). A equipe identificou novas “mini galáxias”, conhecidas como galáxias satélites, orbitando a Via Láctea.

Potenciais galáxias anãs foram localizadas pelo Hyper Suprime-Cam (HSC) acoplado ao telescópio japonês Subaru (Imagem: Hideaki Fujiwara/NAOJ)

Número de galáxias satélites é motivo de discussão

  • De acordo com os cientistas, estas pequenas galáxias são formadas por diversas estrelas.
  • A mais conhecida delas é a Grande Nuvem de Magalhães, com cerca de 30 bilhões de estrelas e que pode ser visto a olho nu, enquanto outras são bem menores.
  • Pesquisas anteriores sugeriam que cerca de 220 mini galáxias orbitam a Via Láctea.
  • No entanto, este número gera discussões na comunidade científica, já que alguns discordam sobre o tamanho desses aglomerados de estrelas a que distância eles devem estar do centro galáctico.

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Galáxias satélites variam amplamente em termos de tamanho e distância do centro galáctico (Imagem: ESA/Gaia/DPAC)

Novas descobertas podem mudar o entendimento da ciência

Em um novo estudo, publicado na revista Publicações da Sociedade Astronômica do Japão, pesquisadores descreveram a descoberta de duas novas galáxias satélites em potencial: Sextans II e Virgo III. Elas estão localizadas a cerca de 411 mil e 492 mil anos-luz da Terra, respectivamente.

De acordo com a pesquisa, elas são provavelmente galáxias anãs ultracompactas (UCDs), uma reunião de estrelas antigas aglomeradas firmemente, tornando-as mais brilhantes do que outras mini galáxias.

Os responsáveis pela descoberta afirmam que a localização delas pode indicar a presença de pelo menos 500 galáxias satélites ao redor da Via Láctea, muito mais do que o imaginado. O próximo passo, segundo os pesquisadores, é usar um telescópio mais potente que capture uma visão mais ampla de como estas mini galáxias satélites realmente são.

Alessandro Di Lorenzo
Colaboração para o Olhar Digital

Alessandro Di Lorenzo é formado em Jornalismo pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e atua na área desde 2014. Trabalhou nas redações da BandNews FM em Porto Alegre e em São Paulo.