(Imagem: Photo For Everything/Shutterstock)
O braço de computação em nuvem da Amazon vai desenvolver um serviço ultrassecreto para o governo da Austrália. O país (principal aliado militar dos EUA, diga-se) informou, nesta quarta-feira (04), que vai investir o equivalente a R$ 7,2 bilhões na nuvem ultrassecreta.
O acordo é entre a Amazon Web Services (AWS) e o serviço de inteligência do governo australiano responsável pela cibersegurança do país. A expectativa é que a nuvem melhore a capacidade de compartilhamento e análise de informações, bem como a comunicação militar.
A nuvem ultrassecreta “proporcionará um espaço colaborativo de última geração para nossa comunidade de inteligência e defesa armazenar e acessar dados ultrassecretos”, disse Rachel Noble, diretora do serviço de inteligência australiano, em comunicado publicado no site do governo da Austrália. “Isso transformará a maneira como trabalhamos juntos.”
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Além disso, a nuvem deve aprofundar a colaboração entre Austrália e os EUA, apoiar operações militares australianas e aproveitar novas tecnologias (por exemplo: inteligência artificial e aprendizado de máquina), segundo o governo do país.
Entidades governamentais e empresas australianas foram alvo de vários ataques cibernéticos nos últimos anos. Embora seja difícil determinar quem está por trás de tais ataques (seja executando, seja mandando), oficiais dos EUA acreditam que a China é a ameaça cibernética mais ativa contra o governo, infraestrutura e setor privado do país.
Não à toa, empresas de tecnologia dos EUA – Microsoft e Amazon, por exemplo – viram uma oportunidade de negócio significativa na Austrália, cuja relação diplomática com a China tem enfrentado instabilidade nos últimos anos. Detalhe: Pequim é o maior parceiro comercial do país. E o principal suspeito pelos ataques cibernéticos, pelo visto.
Esta post foi modificado pela última vez em 4 de julho de 2024 11:31