Muitas das comidas hoje populares com seus métodos de preparo despertam nossa curiosidade, afinal, alguém no passado precisou fazer aquilo antes de todo mundo, e tudo precisou dar certo para culminar no alimento que existe hoje. Nessa ideia, a descoberta de como o milho se torna pipoca é uma das mais intrigantes.

Nem sempre é fácil encontrar evidências de como as pessoas descobriram como consumir ou preparar os alimentos, já que boa parte delas não sobrevivem o passar do tempo. Mas, no caso da pipoca, amostras antigas de espigas de milho queimadas já puderam ser encontradas por arqueólogos, que ajudaram a entender um pouco como surgiu o alimento hoje tão popular nos cinemas.

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O mais interessante de tudo é que algumas plantas, incluindo o milho, contêm pequenos fragmentos semelhantes a rochas, chamados fitólitos, que podem durar milhares de anos.

Os cientistas têm certeza de que sabem a idade do milho. Sabemos que o milho foi provavelmente cultivado pela primeira vez pelos nativos americanos no que hoje é o México. Os primeiros agricultores “domesticaram” o milho a partir de um tipo de grama chamada teosinto.

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Pipoca
A descoberta da pipoca é um mistério para a ciência até hoje – Imagem: Brent Hofacker/Shutterstock

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Antes da agricultura, as pessoas colhiam teosinto selvagem e comiam as sementes, que continham muito amido. Eles colhiam o teosinto com as sementes maiores e começavam eventualmente a capinar e a plantá-lo.

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Com o tempo, a planta selvagem desenvolveu-se em algo parecido com o que hoje chamamos de milho. É possível diferenciar o milho do teosinto pelos grãos maiores.

Há evidências do cultivo de milho em cavernas secas no México já há 9 mil anos. A partir daí, o cultivo do milho se espalhou pela América do Norte e do Sul.

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É possível que a descoberta da pipoca tenha sido um acidente – Imagem: Africa Studio/Shutterstock

Os primeiros milhos estourados que viraram pipoca

  • Descobrir quando as pessoas começaram a fazer pipoca é mais difícil.
  • Existem vários tipos de milho, muitos dos quais estouram se aquecidos, mas um desses tipos é considerado o ideal para estourar e fazer pipoca.
  • Os cientistas descobriram fitólitos no Peru, bem como grãos queimados, deste tipo de milho que estoura, já há 6.700 anos.

O provável de imaginar é que o estouro de grãos de milho foi descoberto pela primeira vez por acidente. Um pouco de milho provavelmente caiu no fogo para cozinhar, e quem estava por perto percebeu que essa era uma nova maneira prática de preparar a comida. O milho que estoura durava muito tempo e era fácil de fazer.

A pipoca antiga provavelmente não era muito parecida com a que nos deliciamos hoje em dia no cinema. Provavelmente não havia sal e definitivamente não havia manteiga, já que ainda não existiam vacas para ordenhar nas Américas. Não devia ser servida quente e provavelmente era bem menos fresca e crocante em comparação com a versão com a qual estamos acostumados. Mas, ainda bem que descobriram!