Firefly Alpha decolando em seu último lançamento
Quando falamos que um foguete “rasgou o céu” normalmente estamos nos referindo a distância percorrida por ele. Mas no caso desse lançamento ocorrido no último dia 3, dá para dizer que o foguete de fato “rasgou o céu” da Califórnia, nos Estados Unidos.
O foguete Firefly Alpha foi lançado com oito pequenos satélites da NASA como parte do programa de Cubesats da empresa e decolou da Base da Força Espacial Vanderberg. As imagens renderam um espetáculo.
Um timelapse feito pelo cientista atmosférico David Blanchard conseguiu captar um fenômeno difícil de ser registrado: um buraco ionosférico.
Esses buracos surgem quando um foguete queima o combustível do seu segundo estágio no centro de ionosfera, entre 200 e 300 quilômetros. O dióxido de carbono e o vapor de água liberados durante esse processo interagem com os átomos de oxigênio ionizados e fazem com que eles formem moléculas de oxigênio normais. Isso acaba excitando essas moléculas, fazendo com que emitam energia em forma de luz.
Este é um fenômeno bem estudado quando os foguetes queimam seus motores a 200 a 300 km acima da superfície da Terra. O brilho vermelho aparece quando os gases de exaustão do segundo estágio do foguete fazem com que a ionosfera se recomponha rapidamente.
Jeff Baumgardner, físico espacial da Universidade de Boston
Os buracos na atmosfera não representam perigos para a vida na Terra e fecham-se rapidamente à medida que os gases são ionizados novamente. Via IFL Science.
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Essa não é a primeira vez que isso acontece com esse tipo de foguete da Firefly Aerospace. Em setembro do ano passado, um outro buraco do tipo foi registrado.
Esta post foi modificado pela última vez em 6 de julho de 2024 11:36