Três furacões “alinhados” são fotografados por satélite da NASA

Furacões foram avistados entre o noroeste da África e o Golfo do México, região apelidada de beco do furacão
Por Alessandro Di Lorenzo, editado por Lucas Soares 08/07/2024 11h55
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Imagem: BEST-BACKGROUNDS/Shutterstock
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A temporada de furacões no Oceano Atlântico costuma ser movimentada. Mas uma imagem de satélite da NASA captou um momento bastante raro. Três fenômenos praticamente alinhados antes do impacto com o solo dos Estados Unidos e do México.

Furacões formaram linha quase perfeita

  • A foto foi tirada em 2017 e mostra os furacões Katia, Irma e Jose formando uma linha quase perfeita.
  • Os fenômenos foram detectados pelo satélite meteorológico Suomi NPP, que é coadministrado pela NASA e pela Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos (NOAA).
  • O mais interessante é que cada uma destas tempestades estavam viajando em uma direção diferente.
  • Apenas um dia após a imagem ser captada, o furacão Katia atingiu o território mexicano.
  • Menos de 24 horas depois, foi a vez do Irma tocar o solo da Flórida.
  • Enquanto isso, o José acabou se dissipando na costa da Nova Inglaterra em 22 de setembro.
Da esquerda para a direita: furacões Katia, Irma e Jose (Imagem: NASA Earth Observatory/Suomi NPP)

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Aumento da temperatura dos oceanos influencia na formação dos fenômenos

Cientistas da NASA explicam que a maioria dos furacões no Atlântico se forma na mesma região: uma extensão de água entre o noroeste da África e o Golfo do México, apelidada de beco do furacão. No entanto, é bastante raro ver os fenômenos tão próximos.

O furacão Irma foi o mais destrutivo das três tempestades. Ele atingiu a categoria 5 e provocou ondas de até 2,5 metros de altura, além de muita chuva. No total, 34 pessoas morreram em função dos estragos provocados pelo vento, que atingiu uma velocidade máxima de 210 km/h.

Visão do espaço de um furacão
Visão do espaço de um furacão (Imagem: Triff/Shutterstock)

Segundo os pesquisadores, os três furacões próximos também podem ser resultado das mudanças climáticas. O aumento da temperatura dos oceanos está tornando estes fenômenos mais comuns e potencialmente destrutivos.

Há, inclusive, um alerta para a temporada de furacões deste ano. A previsão é que até 25 tempestades sejam registradas. A primeira, o Beryl, já causou mortes e estragos no Caribe. Este foi o furacão de categoria 5 que mais cedo se formou no Oceano Atlântico.

Alessandro Di Lorenzo
Colaboração para o Olhar Digital

Alessandro Di Lorenzo é formado em Jornalismo pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e atua na área desde 2014. Trabalhou nas redações da BandNews FM em Porto Alegre e em São Paulo.

Lucas Soares
Editor(a)

Lucas Soares é jornalista formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie e atualmente é editor de ciência e espaço do Olhar Digital.

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