Bactérias ou vírus “guardados” há milhares de anos em múmias são liberados acidentalmente por pesquisadores e acabam gerando um surto de novas doenças fatais. Este parece um roteiro de filme de ficção científica, mas será que poderia acontecer também no mundo real?

Múmias (Imagem: Emily Marie Wilson/Shutterstock)

Varíola e outras doenças faziam parte da vida no Egito Antigo

Diversos estudos já confirmaram que os antigos egípcios sofriam de uma série de doenças infecciosas. Cicatrizes encontradas no corpo do poderoso Ramsés V, o quarto faraó da 20ª dinastia do Egito, por exemplo, indicam que ele contraiu varíola, ao longo da vida.

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Desde 1980, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou que a varíola foi oficialmente erradicada em todo o mundo. Mas será que a doença poderia voltar através do contato com múmias infectadas?

Para os cientistas, essa é uma possibilidade extremamente improvável. Poxvírus como a varíola só podem se reproduzir dentro das células de um hospedeiro vivo, o que não é o caso dos egípcios antigos. 

Outro fator que diminui a probabilidade de alguém contrair uma doença de uma múmia é a degradação do DNA ao longo do tempo. As informações são do Live Science.

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Vírus como oda varíola só podem se reproduzir dentro das células de um hospedeiro vivo, o que não é o caso dos egípcios antigos (Imagem: Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas dos EUA)

Vermes poderiam sobreviver por mais tempo

  • No entanto, alguns vermes intestinais parasitas, que podem se alastrar através das fezes, vivem mais do que outros organismos.
  • Além disso, nem todos precisam de um hospedeiro vivo para sobreviver.
  • Mesmo assim, eles também não são uma grande preocupação, segundo especialistas.
  • Isso porque eles até podem viver muito mais tempo, mas não milhares de anos.
  • E mesmo na remota hipótese de um desses organismos antigos ainda estar vivo, seria muito improvável que ele conseguisse superar as máscaras, luvas e outros equipamentos de proteção que os pesquisadores usam para evitar que contaminem as múmias durante os trabalhos de análise destes materiais.
  • Em outras palavras, a possibilidade de uma infecção por uma doença milenar é apenas um roteiro de Hollywood.