A Microsoft desistiu da cadeira no conselho da OpenAI, da qual tomou posse em novembro do ano passado após o ‘vai e volta’ de Sam Altman, CEO da startup. Segundo informações da Reuters, a medida visa aliviar a preocupação dos reguladores antitruste dos EUA e do Reino Unido sobre a extensão de seu controle em meio ao boom da inteligência artificial generativa. 

O que você precisa saber: 

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  • Segundo porta-voz da OpenAI à Reuters, a empresa estabelecerá uma nova abordagem para interagir com a Microsoft e outros parceiros estratégicos; 
  • O mesmo vale para a Apple, que também não deve assumir um lugar no conselho pelos mesmos motivos, conforme relatou o Financial Times; 
  • A Microsoft assumiu uma posição de ‘observadora’, sem direito a voto, no conselho da OpenAI depois que Altman reassumiu o comando da empresa – para quem não sabe ou se lembra, o diretor foi demitido pelo antigo conselho, o que desencadeou uma crise imediata na startup; 
  • O assento significava que a Microsoft podia participar das reuniões do conselho da OpenAI e acessar informações confidenciais, embora não tivesse direito de escolher ou eleger diretores; 
  • Os reguladores antitruste da UE disseram no mês passado que a parceria não estaria sujeita às regras de fusão do bloco, mas que buscaria opiniões terceiras, já que segue preocupada com o domínio e influência da Microsoft sobre a OpenAI; 
  • A saída da Microsoft vem então de forma antecipada e estratégica; 
  • Não há informações sobre um substituto para o lugar da Microsoft no conselho. 

Nos últimos oito meses, testemunhamos um progresso significativo pelo conselho recém-formado e estamos confiantes na direção da empresa. Dado tudo isso, não acreditamos mais que nosso papel limitado como observador seja necessário.

Microsoft em carta de comunicado à OpenAI.

A cadeira da Microsoft no conselho da OpenAI seria a única prova tangível do controle da big tech sobre a startup de IA. Os órgãos antitruste britânicos e norte-americanos ainda não se pronunciaram sobre a decisão da empresa. 

O que aconteceu? 

  • Em novembro do ano passado, o antigo conselho da OpenAI decidiu demitir ninguém menos que o CEO e rosto da empresa, Sam Altman; 
  • O que a companhia não esperava era a reação extremamente negativa do mercado, funcionários e investidores da startup; 
  • Colocando ainda mais ‘lenha na fogueira’, o presidente da empresa de IA, Greg Brockman, também se demitiu em solidariedade ao amigo, já que teve sua cadeira no Conselho também retirada; 
  • Após diversas reviravoltas e holofotes da imprensa, a dona do ChatGPT achou melhor readmitir Altman. Brockman também voltou para a startup — tudo isso aconteceu em menos de uma semana; 
  • Com o retorno, no entanto, o diretor fez algumas exigências, uma delas foi estabelecer um novo conselho.