Quatro países europeus que fazem parte da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) anunciaram um acordo para o desenvolvimento em conjunto de mísseis de longo alcance. O plano de cooperação foi firmado durante cúpula da aliança militar realizada nos Estados Unidos.

Europeus querem reforçar capacidade militar do continente

  • O memorando de entendimento foi firmado pelos ministros da Defesa de Alemanha, França, Itália e Polônia.
  • O objetivo é reforçar a capacidade militar de cada um dos países.
  • Ao mesmo tempo, o plano incentiva a produção de armamentos dentro da própria Europa.
  • Desde a invasão da Ucrânia pela Rússia, no início de 2022, os europeus têm demonstrado grande preocupação com a falta de armamentos e munições para ajudar os ucranianos na batalha contra o regime de Vladimir Putin.
Acordo foi firmado durante cúpula da OTAN (Imagem: Alexandros Michailidis/Shutterstock)

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Outros países do OTAN podem participar do acordo no futuro

A carta de intenções em torno do chamado plano ELSA (sigla para Abordagem Europeia de Ataque de Longo Alcance) estabelece uma estratégia a longo prazo para melhorar os arsenais europeus e reforçar sua capacidade de dissuasão contra possíveis novos ataques. O principal temor é que a Rússia tente invadir novos territórios após o fim da guerra na Ucrânia.

O acordo, firmado no último dia da reunião que marcou os 75 anos da OTAN, prevê a produção de mísseis de cruzeiro, com alcance superior a 500 quilômetros. No entanto, maiores detalhes só serão conhecidos no final do ano com a publicação do primeiro projeto de documento.

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Embora envolva apenas Alemanha, França, Itália e Polônia, a proposta abre espaço para que outros parceiros sejam convidados a participar. Uma das possibilidades é que o Reino Unido se junte aos países em breve.

Europeus estão buscando formas de aumentar capacidade militar diante da invasão russa na Ucrânia (Imagem: Shutterstock)

Nos últimos dias, os Estados Unidos e outros quatro países europeus – Países Baixos, Alemanha, Itália e Romênia – já haviam anunciado que vão enviar novos sistemas de defesa aérea Patriot para a Ucrânia. Além disso, a Casa Branca prometeu instalar equipamento militar de longo alcance em território alemão em 2026.

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O governo da Rússia reagiu aos anúncios e denunciou o que chamou de uma volta “à Guerra Fria”. Segundo Moscou, os países da aliança militar estão promovendo um rearmamento perigoso e incentivando novos conflitos na região.