O avião espacial suborbital Mk-II Aurora subiu aos céus no ano passado para seu vôo inaugural com motor de foguete. Agora, a Dawn Aerospace recebeu o aval oficial da Autoridade de Aviação Civil da Nova Zelândia para realizar voos de teste em velocidades ilimitadas.

“Isso abre o próximo grande marco de desempenho para o veículo Mk-II, ou seja, o vôo supersônico“, disse Stefan Powell, CEO da Dawn Aerospace. “Até onde sabemos, este seria o primeiro UAV com financiamento privado a quebrar a barreira do som.”

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Os primeiros testes do Mk-II Aurora foram, na verdade, em 2021. Naquele momento, a Autoridade de Aviação Civil havia concedido à Dawn permissão para operar em aeroportos convencionais para avaliar a fuselagem. Mas o demonstrador de tecnologia não disparou no ar, estando equipado com motores a jato substitutos.

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Anos depois, o avião espacial não tripulado fez seu vôo inaugural movido por um motor de foguete de peróxido de hidrogênio/querosene. Naquela época, ele conseguia velocidades de cerca de 196 mph (315 km/h) em altitudes de 6.000 pés (1.829 m).

Velocidade supersônica é a próxima meta

  • A Dawn realizou mais de 50 testes de voo usando motores a jato e foguetes desde 2021, e a certificação mais recente remove desbloqueia a velocidade ilimitada em altitudes de até 80.000 pés (24.385 m).
  • Isso levará o Mk-II além da linha visual do local “sem a necessidade de espaço aéreo restrito” e a velocidades supersônicas.
  • A última rodada de até 12 voos de teste está prevista para começar neste mês e durar até setembro, com o objetivo principal relatado de atingir Mach 1,1 (mais de 1.300 km/h) a uma altitude de 70.000 pés (aprox. 21.336 m).
  • Os planos também exigem uma demonstração de reutilização através da realização de dois voos por dia.

O objetivo final da empresa é levar o Mk-II a mais de Mach 3 (algo em torno de 3.700 km/h) enquanto transporta carga, no caminho para o desenvolvimento de uma aeronave não tripulada capaz de atingir uma altitude de 100 km, e fazê-lo várias vezes a cada ano.

O Mk II Aurora quer romper a barreira do som em novos testes – Imagem: Divulgação/Dawn Aerospace