Carteiras digitais do Google e Apple entram na mira de reguladores britânicos

Reguladores britânicos anunciaram, na segunda-feira (15), que irão investigar o uso crescente de carteiras digitais oferecidas por grandes empresas de tecnologia, com atenção especial para Apple Pay, Google Pay e PayPal.  

Segundo informações da Reuters, a investigação irá avaliar a preocupação com concorrência, proteção ao consumidor e integridade de mercado. 

O que sabemos sobre a investigação contra Google Pay e Apple Pay:

• A Autoridade de Conduta Financeira (FCA) e Reguladora de Sistemas de Pagamentos (PSR) está buscando opiniões sobre os benefícios e riscos das carteiras digitais;

• Ela avaliará o impacto que as carteiras têm na concorrência e na escolha de opções de pagamento;

• As carteiras digitais são hoje usadas por mais da metade dos adultos do Reino Unido;

• Segundo a autoridade, elas se tornaram “um ponto de contato importante” entre as grandes empresas de tecnologia e os consumidores do Reino Unido – chamando atenção dos reguladores;

• A revisão na Europa se baseará em uma investigação anterior sobre pagamentos por aproximação e crescimento das grandes empresas de tecnologia em serviços financeiros;

• A Autoridade britânica deve fornecer uma atualização sobre as carteiras digitais até o primeiro trimestre de 2025.

As carteiras digitais estão se tornando cada vez mais um tipo de pagamento popular e, embora isso apresente oportunidades interessantes, também pode haver riscos.

David Geale, diretor administrativo da PSR.

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Vale pontuar que reguladores e legisladores na Europa e nos Estados Unidos têm examinado o papel crescente das big techs nos serviços financeiros — o órgão de defesa do consumidor dos EUA tentou regulamentar, no ano passado, pagamentos e carteiras para smartphones, mas proposta gerou críticas do setor. 

Para  Nikhil Rathi, presidente-executivo da FCA, o crescimento das carteiras digitais representa uma “mudança sísmica” na forma como as pessoas pagam. Com isso, os reguladores querem maximizar as oportunidades e, ao mesmo tempo, “proteger contra quaisquer riscos que essa tecnologia possa apresentar”.