Avião russo “empurra” caça da OTAN durante voo; veja

Nas imagens é possível ver um avião da Força Aérea Russa obrigando um caça F-15 a realizar uma manobra para se afastar em segurança
Por Alessandro Di Lorenzo, editado por Bruno Capozzi 17/07/2024 09h10, atualizada em 17/07/2024 10h38
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Imagem: reprodução/TikTok/@guermat.youssef
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A guerra entre Rússia e Ucrânia aumentou as tensões na Europa. Em meio a várias ameaças de escalar o conflito, uma cena impressionou e alarmou a comunidade internacional nos últimos dias. Um vídeo mostra um avião russo dando um “chega pra lá” em um caça da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN).

Vídeo mostrando a manobra já tem milhões de visualizações

  • Nas imagens é possível ver o que seria um Su-27 da Força Aérea Russa se aproximando do caça F-15.
  • A aeronave russa força o outro avião a realizar uma manobra para se afastar em segurança.
  • No vídeo, que já tem milhões de visualizações nas redes sociais, é informado que o caça da aliança militar estava acompanhando um bombardeiro supersônico Tupolev Tu-22M.
  • A data da ocorrência não foi informada, mas este na verdade pode ser um caso mais antigo, de 2019 (antes da guerra, mas quando já existia tensão na região).

Veja abaixo o vídeo com a manobra:

@guermat.youssef

🔥 A Russian Su-27 intercepting NATO F-15 trying to get closer to a Tu-22m3. #su27 #su27flanker #su27ukraine #su27flanker🇷🇺 #warthunderaviation #aviation

♬ original sound – Guermat Youssef

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Regras de segurança não foram seguidas

Especialistas explicam que interceptações e escoltas devem sempre manter a segurança do voo, o que não aconteceu neste caso em específico. Segundo eles, foi preciso desviar para evitar uma colisão em pleno ar.

Além dos riscos, o caça russo descumpriu algumas regras do setor da aviação. Ao se tomar conhecimento da presença de uma aeronave não identificada ou inimiga no espaço aéreo de um país, e não em área internacional, podem ser tomadas algumas atitudes.

Manobras de interceptação precisam seguir algumas regras (Imagem: InsectWorld/Shutterstock)

A primeira delas é a aproximação. Geralmente feita por trás, ela pode ser realizada individualmente ou em duplas. Sempre é mantida uma distância segura para evitar que a operação coloque em risco o voo.

No processo de identificação, a aeronave suspeita passa a ser observada mais de perto, e são buscadas informações capazes de identificá-la, como matrícula, quem está no comando, modelo entre outras.

Neste momento são feitas tentativas de comunicação, tanto via rádio quanto em sinais feitos com os caças. Estes sinais podem incluir balançar as asas, realizar algum movimento específico e acender e apagar as luzes.

Ainda podem ser feitas manobras especiais para desviar o avião da rota considerada proibida. Apenas em casos extremos é realizado o abate de uma aeronave, quando ela é considerada hostil e oferece risco à segurança.

Alessandro Di Lorenzo
Colaboração para o Olhar Digital

Alessandro Di Lorenzo é formado em Jornalismo pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e atua na área desde 2014. Trabalhou nas redações da BandNews FM em Porto Alegre e em São Paulo.

Bruno Capozzi é jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero e mestre em Ciências Sociais pela PUC-SP, tendo como foco a pesquisa de redes sociais e tecnologia.