Periodicamente, a Estação Espacial Internacional precisa de uma "forcinha" para ajuste de órbita. Imagem: Dima Zel/Shutterstock
O fim da Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês) será dramático, para dizer o mínimo. A NASA planeja tirar o colosso espacial de órbita por volta de 2030. E revelou como pretende fazer isso, numa coletiva de imprensa realizada na quarta-feira (17).
A agência escolheu a SpaceX, de Elon Musk, para desenvolver e entregar o “Veículo de Desorbitagem dos EUA”. A ideia é que ele se acople à ISS e a traga de volta à Terra – de maneira controlada e segura, claro. E evitando regiões povoadas, óbvio.
A ISS é a maior estrutura única já construída no espaço. Desmontá-la peça por peça seria muito complicado e provavelmente perigoso para a tripulação. Isso sem contar a série de obstáculos de engenharia do processo.
“A estação não foi projetada para ser desmontada”, disse Ken Bowersox, administrador associado do Diretório de Missões de Operações Espaciais da NASA, na coletiva de imprensa.
Por isso, a ideia é derrubar a ISS de uma vez, com jeitinho. Mesmo assim, o fim da estação será dramático. Grande parte vai se desintegrar e vaporizar ao descer pela atmosfera da Terra. E os pedaços carbonizados que sobrarem vão afundar numa região remota do oceano.
Leia mais:
O plano da NASA é usar uma espaçonave capaz de produzir um empuxo potente para empurrar a ISS pela atmosfera da Terra e controlar o impacto da queda da estação (leia-se: evitar que seus pedaços caiam em regiões inesperadas).
Para isso, a SpaceX construirá uma versão modificada de sua espaçonave Dragon, que atualmente leva tanto tripulação quanto carga para a ISS. O novo veículo alongado precisará carregar cerca de 16 toneladas de propelente para mover a estação.
Se tudo ocorrer conforme o planejado, vai ser assim:
Esta post foi modificado pela última vez em 18 de julho de 2024 11:30