Apagão cibernético: CEO da empresa responsável detalha próximos passos

O apagão cibernético causou atrasos e cancelamentos de voos, além de problemas em serviços bancários, comunicações e sistemas de emergência
Por Alessandro Di Lorenzo, editado por Bruno Capozzi 19/07/2024 10h20, atualizada em 19/07/2024 21h54
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Após dizer que o problema que gerou um apagão cibernético global nesta sexta-feira (19) foi corrigido, o CEO da empresa de cibersegurança CrowdStrike afirmou que o foco agora é recuperar os sistemas danificados pela falha generalizada.

Apenas os computadores da Microsoft foram afetados

Em entrevista à imprensa dos Estados Unidos, George Kurtz pediu desculpas pelos transtornos e garantiu que a empresa está trabalhando em parceria com todos os seus clientes para que os sistemas voltem a funcionar o mais rápido possível.

Ele ainda explicou que apenas os computadores da Microsoft foram afetados. Os sistemas operacionais Linux e MacOS não registraram instabilidades.

O defeito foi identificado em uma atualização do driver do Falcon Sensor, o que estaria provocando uma falha na nuvem do sistema operacional da Microsoft. O software estava fazendo com que o Windows travasse e exibisse uma tela azul, conhecida informalmente como a “Tela Azul da Morte”.

Falha impede atualização do sistema operacional da Microsoft (Imagem: Lea Rae/Shutterstock)

Kurtz ainda voltou a afirmar que não se trata de um incidente de segurança ou de um ataque cibernético. De acordo com o CEO da CrowdStrike, “o problema foi identificado, isolado e uma correção foi implantada”.

Apesar das explicações, especialistas afirmam que não está claro se os sistemas afetados podem ser corrigidos remotamente. Isso acontece porque a falha impede que os dispositivos sejam atualizados automaticamente, exigindo uma intervenção manual. As informações são da CNN.

Leia mais

Apagão cibernético global gera transtornos no mundo todo

  • As falhas foram registradas na madrugada desta sexta.
  • Os problemas geraram atrasos e cancelamentos de voos, além de problemas em serviços bancários, comunicações e sistemas de emergência.
  • Nos EUA, por exemplo, houve confusões nos aeroportos.
  • A Austrália enfrentou longas filas e retenções de passageiros devido a problemas nos serviços de check-in online e cabines de autoatendimento.
  • No total, mais de 1.400 viagens foram canceladas em todo o mundo (saiba mais clicando aqui).
Apagão cibernético gera caos nos aeroportos (Imagem: Eviart/Shutterstock)
  • O sistema de emergência 911 ficou inoperante no Alasca.
  • Já no Brasil, usuários reclamaram da instabilidade em instituições financeiras.
  • Conforme os relatos, os aplicativos estão fora do ar e com problemas de login e pagamentos (veja mais sobre o assunto aqui).
Alessandro Di Lorenzo
Colaboração para o Olhar Digital

Alessandro Di Lorenzo é formado em Jornalismo pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e atua na área desde 2014. Trabalhou nas redações da BandNews FM em Porto Alegre e em São Paulo.

Bruno Capozzi é jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero e mestre em Ciências Sociais pela PUC-SP, tendo como foco a pesquisa de redes sociais e tecnologia.