O apagão cibernético global registrado nesta sexta-feira (19) expôs a fragilidade dos sistemas de comunicação mundiais. A falha gerou um verdadeiro caos em diversas áreas, como aviação, serviços bancários, de saúde e até de emergência.
Milhões de computadores usam o mesmo software
Especialistas explicam que, num movimento acelerado pela pandemia da Covid-19, tanto os governos quanto as empresas tornaram-se cada vez mais dependentes de tecnologias interligadas.
Segundo Arthur Igreja, especialista em tecnologia e inovação, o cenário tem prós e contras: “temos os benefícios e os perigos atrelados. Essa interdependência gera vulnerabilidades e vai demandar uma revisão de estratégias”.
Para proteger suas redes de computadores contra violações por hackers, muitas companhias usam um produto de segurança cibernética conhecido como Endpoint Detection and Response, ou EDR, que é executado em segundo plano em máquinas corporativas.
Empresas como a CrowdStrike, responsável pela falha desta sexta, são capazes de usar seus produtos EDR como sistemas de alerta precoce para possíveis ataques digitais, verificar vírus e impedir que hackers obtenham acesso não autorizado a redes corporativas.
Com a mudança para a nuvem e com algumas companhias detendo enormes participações de mercado, o software da CrowdStrike está sendo executado em milhões de computadores em todo o mundo. E um problema como o registrado agora pode acabar impactando o mundo todo. As informações são da CNN.
O defeito em questão foi identificado em uma atualização do driver do Falcon Sensor, o que estaria provocando uma falha na nuvem do sistema operacional da Microsoft. O software estava fazendo com que o Windows travasse e exibisse uma tela azul, conhecida informalmente como a “Tela Azul da Morte”.
De acordo com o CEO da CrowdStrike, George Kurtz, não se trata de um incidente de segurança ou de um ataque cibernético. Ele afirmou que “o problema foi identificado, isolado e uma correção foi implantada”.
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Apagão cibernético global gera transtornos no mundo todo
- As falhas foram registradas na madrugada desta sexta.
- Os problemas geraram atrasos e cancelamentos de voos, além de problemas em serviços bancários, comunicações e sistemas de emergência.
- Nos EUA, por exemplo, houve confusões nos aeroportos.
- A Austrália enfrentou longas filas e retenções de passageiros devido a problemas nos serviços de check-in online e cabines de autoatendimento.
- No total, pelo menos 1.400 viagens foram canceladas em todo o mundo (saiba mais clicando aqui).
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