Tempestades solares: tecnologia pode prever o comportamento do Sol

Cientistas do País de Gales desenvolveram método para prever a velocidade e o nível de ameaça de tempestades solares
Por Ana Julia Pilato, editado por Bruno Capozzi 21/07/2024 05h04
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Poderosa erupção solar atingiu espaçonaves em Marte e Mercúrio. Crédito: Artsiom P - Shutterstock
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Identificar tempestades solares antes que aconteçam seria essencial para nos ajudar a prever eventuais apagões, danos a sistemas de comunicação e outros problemas causados por esses fenômenos. Agora, graças a uma equipe da Universidade de Aberystwyth, no País de Gales, existe uma maneira de tornar isso possível.

Entenda:

  • Uma técnica criada por cientistas da Universidade de Aberystwyth, no País de Gales, pode prever tempestades solares;
  • Os fenômenos provocam as chamadas ejeções de massa coronal (CMEs), que, ao atingirem a Terra, causam apagões e danos a sistemas de comunicação;
  • A equipe desenvolveu um parâmetro chamado “altura crítica”, que ajuda a estimar a velocidade das explosões;
  • Os pesquisadores pretendem usar a força do campo magnético como parâmetro para fortalecer essa estimativa;
  • Com informações do IFLScience.
Ejeção de massa coronal (CME) provoca tempestades geomagnéticas. (Imagem: Dotted Yeti/Lia Koltyrina-Shutterstock)

As explosões solares liberam as chamadas ejeções de massa coronal (CMEs), enormes nuvens de plasma solar permeadas por campos magnéticos. Ao atingirem a Terra, as CMEs podem provocar as tempestades geomagnéticas responsáveis por danificar satélites e outras tecnologias.

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Método ajuda a identificar nível de perigo de tempestades solares

A equipe liderada pela física Harshita Gandhi monitorou as regiões onde as CMEs nascem, medindo suas propriedades antes, durante e depois da explosão. Os cientistas estimaram um parâmetro chamado “altura crítica”, que está relacionado à velocidade e, quando ultrapassado, causa instabilidades no campo magnético e pode provocar as CMEs.

Representação artística da Terra sendo atingida por jatos de plasma solar. (Imagem: Mang E/Shutterstock)

“Quanto maior a altura crítica encontrada na coroa da região ativa, maior será a velocidade da CME”, explica Gandhi ao IFLScience. Com o parâmetro, é possível não só prever a provável velocidade de uma ejeção, mas também seu nível de perigo.

Após apresentar a técnica no Encontro Nacional de Astronomia da Royal Astronomical Society, que aconteceu entre os dias 14 e 19 de julho no Reino Unido, a equipe agora pretende implementar a força do campo magnético como parâmetro para fortalecer a estimativa da velocidade.

Ana Julia Pilato
Colaboração para o Olhar Digital

Ana Julia Pilato é formada em Jornalismo pela Universidade São Judas (USJT). Já trabalhou como copywriter e social media. Tem dois gatos e adora filmes, séries, ciência e crochê.

Bruno Capozzi é jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero e mestre em Ciências Sociais pela PUC-SP, tendo como foco a pesquisa de redes sociais e tecnologia.