Recentemente, o termo “Escitalopram” viralizou no X e atingiu uma posição de destaque nos Trendings Topics da plataforma. As postagens compartilharam desde memes até relatos pessoais, e frustrações por causa da substância psicoativa e sobre o que ela faz no corpo.
Mas você sabe para quem o remédio é indicado, como ele age no cérebro e quais os efeitos colaterais mais comuns deste antidepressivo? A seguir, confira as respostas para essas e outras perguntas a respeito do Escitolapram.
O que é e como o Escitalopram funciona?
O Escitalopram é um medicamento classificado como antidepressivo, o qual só deve ser prescrito por médicos psiquiatras a pacientes que apresentam alguns transtornos mentais, como diferentes graus de ansiedade generalizada e depressão. De forma geral, pertence à classe dos Inibidores Seletivos da Recaptação da Serotonina. Vamos explicar melhor.

O cérebro possui neurônios, que são células responsáveis pela comunicação elétrica cerebral, e nós denominamos de “sinapse” toda vez que um neurônio se comunica com outro. A cada sinapse realizada, diferentes substâncias são enviadas de um neurônio para o outro e elas se chamam neurotransmissores (hormônios cerebrais). Essas substâncias são importantes porque nos ajudam a acordar, sentir forme, dormir, sentir medo, controlam nossa temperatura, nosso prazer e até o humor.
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Quimicamente falando, os transtornos psiquiátricos podem aparecer quando há uma falha na transmissão de um ou mais neurotransmissores: em outras palavras, esses hormônios são enviados numa quantidade reduzida, e é aí que os antidepressivos agem.
No entanto, vale lembrar que as causas da depressão e de outros transtornos também podem ser multifatoriais e, até hoje, não há um consenso na comunidade médica sobre isso. O fator químico é uma raiz atrelada a diversos outros fatores psicológicos, comportamentais e entre outros.
Dito isso, o Escitalopram trabalha no cérebro aumentando a quantidade de Serotonina disponível, o que ajuda a regular problemas de humor e de sono, por exemplo. Além disso, também garante que ela fique disponível nos neurônios por mais tempo ao invés de ser reabsorvida rapidamente.
A longo prazo, o remédio auxilia a corrigir a química cerebral e a tratar os sintomas de transtornos depressivos e ansiosos. Mas, como qualquer remédio psiquiátrico, o Escitalopram não deve resolver o problema sozinho.
Quais os efeitos colaterais do Escitalopram?
Qualquer remédio ou vacina que realmente funciona possui efeitos colaterais, isso é inevitável. Contudo, nem todas as pessoas vão senti-los, já que isso é uma questão particular de cada organismo. Além disso, alguns efeitos são temporários, enquanto outros podem apresentar certa permanência.

Sempre converse com seu médico psiquiatra para encontrar uma dose adequada para o seu problema, mas que não limite a sua vida cotidiana.
Confira, a seguir, alguns efeitos comuns do uso do Escitalopram, que estão presentes na bula do remédio:
- Dificuldade em sentir prazer sexual
- Aumento de peso
- Enjoo
- Dor de cabeça
- Alteração no sono, etc.