A Rolls-Royce recebeu mais de R$ 34 milhões da Agência Espacial do Reino Unido (UKSA) e está mais perto de criar um reator nuclear que um dia poderá abastecer bases lunares e a propulsão de espaçonaves.

Segundo a empresa britânica, o projeto avaliado em £ 9,1 milhões (R$ 65,7 milhões) será concluído em 18 meses e o primeiro teste orbital deve acontecer até 2030.

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Por que a Rolls-Royce está criando um reator nuclear espacial?

  • A razão pela qual um reator nuclear é necessário é que a energia solar convencional, células de combustível, baterias e similares são adequadas apenas para curtos períodos e não produzem tanta energia;
  • O objetivo do reator chamado “Micro-Reactor” é criar uma fonte de energia confiável e portátil. A novidade será usada para exploração espacial de longo prazo e missões científicas na Lua e no espaço profundo;
  • Também será um sistema comercializável para aplicações terrestres, diz a empresa britânica.
  • O reator produz até 10 MW e é pequeno o suficiente para ser preso na traseira de um caminhão;
  • Isso significa que ele pode facilmente ser movido de um lugar para outro ou até mesmo alimentar indefinidamente um veículo de exploração espacial.
Objetivo do “Micro-Reactor” é criar uma fonte de energia confiável e portátil. (Imagem: Divulgação/Rolls-Royce)

O Micro-Reactor é abastecido por pellets feitos de urânio ou plutônio enriquecido, carbono e cerâmica. Eles são colocados em tubos em um núcleo geométrico de grafite que ajuda a regular a reação nuclear, conduz o calor do combustível e atua no controle de segurança.

Trocadores de calor personalizados tornam o reator leve e movem o calor para onde ele pode ser transformado em energia útil. (Imagem: Divulgação/Rolls-Royce)

A energia gerada tem inúmeras aplicações, incluindo alimentar bases na Lua ou Marte, estações espaciais, veículos e sistemas de propulsão nuclear. Além disso, missões para o espaço profundo poderão levar mais carga a velocidades mais altas.

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Segundo a Rolls-Royce, também não é necessário blindagem pesada nas naves espaciais e o reator ficará mantido longe dentro de uma longa lança, como mostra a imagem principal.

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Este financiamento é um ponto crucial em nosso programa Micro-Reactor e acelerará nossa progressão tecnológica (…) o futuro da exploração espacial depende muito da capacidade de gerar altos níveis de energia e nosso microrreator nuclear é a solução que oferecerá energia segura, confiável e flexível para uma ampla gama de missões espaciais

Jake Thompson, Diretor do programa nuclear e projetos especiais na Rolls-Royce.