Após a maior tragédia climática da história do Rio Grande do Sul, um novo radar meteorológico vai monitorar a chuva em tempo real no estado. Instalado em Montenegro, cidade que fica a 77 km de Porto Alegre, o equipamento deve começar a funcionar em agosto.

Monitoramento vai melhorar os alertas emitidos à população

O radar veio da República Tcheca e chegou ao Brasil em junho, durante as enchentes que deixaram um rastro de destruição e mortes no RS. A compra havia sido anunciada no fim do ano passado, após as inundações de setembro e novembro.

publicidade

A cidade de Montenegro foi escolhida em função da sua posição estratégica, que permite mapear a Região Metropolitana de Porto Alegre, o Vale do Taquari e parte da Serra gaúcha. A área concentra uma população significativa e ainda não contava com um monitoramento mais preciso, segundo o governo do estado.

Radar meteorológico foi instalado na cidade de Montenegro (Imagem: divulgação/Defesa Civil)

O equipamento vai monitorar dados meteorológicos da Região Metropolitana de Porto Alegre em um raio de 150 km. Ele prevê atualizações a cada 15 segundos, proporcionando um monitoramento em tempo real de chuvas, ventos e temporais. Dessa forma, será possível também mapear o volume dos rios, auxiliando na prevenção a enchentes.

publicidade

O monitoramento dos dados será feito por uma equipe de seis meteorologistas na sede da Defesa Civil estadual, em Porto Alegre. Os especialistas serão responsáveis por alimentar os modelos que vão orientar os alertas emitidos à população pelo governo estadual. As informações são do G1.

Leia mais

Enchentes históricas no RS (Imagem: Cid Guedes/Shutterstock)

Tragédia climática no Rio Grande do Sul

  • De acordo com a Defesa Civil, foram pelo menos 180 mortes confirmadas pelas fortes chuvas e enchentes que atingiram o RS.
  • Milhares de pessoas continuam desalojadas.
  • A tragédia climática causou impactos severos em mais de 470 dos 497 municípios gaúchos, afetando diretamente mais de dois milhões de pessoas.
  • O lago Guaíba atingiu o maior nível da história, passando dos 5 metros e 30 centímetros.
  • O Aeroporto Internacional Salgado Filho foi um dos mais atingidos e segue fora de operação.
  • Na região Sul, a Lagoa dos Patos também inundou alguns municípios, caso de Rio Grande.
  • Em 2023, uma série de desastres climáticos causou uma verdadeira devastação no Rio Grande do Sul.
  • Foram registradas 16 mortes em junho, 54 em setembro e outras 5 em novembro.