A inteligência artificial está sendo utilizada para diversos fins. Mas a tecnologia pode ter mais espaço também no âmbito judicial. O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), afirmou que a IA poderia ser usada em arbitragens entre empresas e também em casos envolvendo golpes bancários e o INSS.
Brasileiro tem uma mentalidade litigante, diz Moraes
- A declaração de Moraes foi dada durante participação em um evento realizado em São Paulo.
- Segundo ele, a adoção da ferramenta seria fundamental para diminuir o número de processos judiciais no Brasil, especialmente em temas que já têm entendimento fixado pelas cortes superiores.
- Dessa forma, o ministro também defendeu uma mudança na legislação a partir da criação de entraves para o acesso a tribunais superiores, inclusive com aumento de multas em caso de litigância de má-fé.
- Para o magistrado, o brasileiro tem uma mentalidade litigante e é necessário criar ferramentas que impeçam que um sem número de recursos seja protocolado e deixe a justiça ainda mais lenta no país.
![Ministro do STF Alexandre de Moraes lendo documentos](https://img.odcdn.com.br/wp-content/uploads/2024/06/Destaque-Alexandre-de-Moraes-STF-1024x576.jpg)
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Como a IA pode ser adotada?
Neste contexto, o ministro do Supremo Tribunal Federal defende adotar a inteligência artificial para resolver conflitos contratuais entre empresas. Para Moraes, o Brasil deveria adotar a “resolução de conflitos em rede, uma arbitragem feita pela IA com o mínimo de participação humana”.
A ideia é usar a tecnologia tanto para a arbitragem que já é feita hoje, quanto em casos que são julgados pelos Juizados Especiais, que se referem a pequenas causas envolvendo aposentadoria e pensões ou bancos.
![](https://img.odcdn.com.br/wp-content/uploads/2024/07/IA-processos.png)
Alexandre de Moraes explica que nos processos em que há golpes, o Juizado Especial sempre condena o banco, e ele sempre recorre. Por isso, seria criado um juizado online de arbitragem, que possibilitaria a resolução dos casos mais rapidamente.
O ministro ainda destaca que atualmente o STF já usa a inteligência artificial nas análises de admissibilidade dos recursos. As informações são da Exame.