Pesquisadores do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) criaram um tipo de película semicondutora extrafina feita com um material cristalino chamado tridimita. Em comparação aos semicondutores convencionais, o novo filme faz com que os elétrons se movam sete vezes mais rápido.

Entenda:

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  • Uma nova película semicondutora extrafina criada pelo MIT pode aumentar em sete vezes a mobilidade de elétrons;
  • Com 100 nanômetros de largura, o filme foi feito com um material cristalino chamado tridimita através de epitaxia por feixe molecular;
  • Mas o que isso significa? O processo permite que os materiais sejam construídos com o mínimo de falhas, resultando, em uma maior mobilidade de elétrons e, assim, maior condutividade;
  • A película pode ajudar a criar dispositivos eletrônicos que trabalham mais gastando menos energia;
  • Um estudo foi publicado na Materials Today Physics.
Filme extrafino aumenta mobilidade de elétrons em sete vezes. (Imagem: Jagadeesh Moodera et al.)

Com 100 nanômetros de largura (cerca de um milésimo da espessura de um fio de cabelo humano) a película foi criada por epitaxia por feixe molecular, uma técnica de deposição de camadas finas de materiais, principalmente semicondutores. Ela envolve o controle preciso de um ou mais feixes e permite que os materiais sejam construídos com o mínimo de falhas – resultando, assim, em uma maior mobilidade de elétrons.

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Película do MIT pode criar dispositivos eletrônicos mais sustentáveis

Conforme descrito em um artigo da Materials Today Physics, a equipe registrou velocidades recordes de mobilidade de elétrons ao aplicar corrente elétrica à película. Normalmente, em semicondutores de silício padrão, os elétrons se movem a cerca de 1.400 cm²/Vs (centímetros quadrados por volt-segundo), mas no filme de tridimita a velocidade foi de 10.000 cm²/Vs.

Película do MIT é mais fina que um fio de cabelo. (Imagem: Jagadeesh Moodera et al.)

Com uma maior condutividade, os pesquisadores acreditam que a nova película pode ser “essencial para dispositivos eletrônicos mais eficientes e sustentáveis ​​que podem fazer mais trabalho com menos energia”.

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“Isso está mostrando que é possível avançar um passo gigante ao controlar adequadamente esses sistemas complexos. Estamos na direção certa e temos o sistema correto para continuar aperfeiçoando esse material até filmes muito mais finos e acoplamento de proximidade para uso em spintrônica [ligação entre a eletrônica tradicional e a computação quântica] futura e dispositivos termoelétricos vestíveis”, diz Jagadeesh Moodera em comunicado.