O Exército Brasileiro confirmou, nos últimos dias, a compra de 420 veículos blindados de última geração. O contrato foi assinado com a empresa IDV, a divisão de produtos militares do grupo italiano Iveco.

O modelo escolhido foi o LMV-BR 2. LMV significa Light Multirole Vehicle, algo como Veículo Multitarefa Leve. Eles, no entanto, não serão chamados por esse nome difícil. Os “super jipes” receberam o apelido de “Guaicurus”, em homenagem a um povo indígena da região Centro-Oeste do país. Os guaicurus eram guerreiros que combatiam e caçavam a cavalo.

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Ao todo, os veículos custaram R$ 1,4 bilhão aos cofres públicos. Os recursos virão do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).

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De acordo com a fabricante, os veículos blindados serão entregues em um prazo de até dez anos, com início programado para 2026. O Exército, no entanto, já conta com 32 unidades, que estão na frota desde 2021. Elas, no entanto, já estão um pouco desatualizadas em relação a esse novo modelo.

Um detalhe interessante é que a produção das viaturas ocorrerá no Brasil mesmo, mais precisamente na fábrica da Iveco em Sete Lagoas (MG).

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Os veículos serão entregues pela Iveco a partir de 2026 para o Exército – Imagem: Divulgação/Exército

Mais informações sobre o veículo

  • O Guaicuru pesa cerca de oito toneladas, tem 4,86 m de comprimento e 2,20 m de altura.
  • Ele tem tração 4×4 e capacidade de carregar até uma tonelada de carga.
  • O espaço interno abriga de maneira confortável 5 pessoas, incluindo o motorista.
  • O motor do veículo tem cerca de 220 cavalos de potência e ele alcança uma velocidade máxima de 90 km/h.
  • No tanque cabem 115 litros de diesel, o que dá à viatura uma autonomia de 500 quilômetros, e o câmbio é automático de oito marchas.
  • A blindagem do Guaicuru aguenta até tiros de metralhadora e de fuzis de calibre 7.62 mm.
  • O veículo também conta com proteção contra explosões na parte inferior, incluindo o tanque de combustível, revestido de espuma especial.
Os Guaicurus possuem a capacidade de identificar alvos à distância – Imagem: Divulgação/Exército Brasileiro
  • Agora, o grande destaque vai para o sistema de armas, que podem ser controladas de forma remota.
  • A parte de cima do jipe conta com uma metralhadora giratória, com capacidade para munição de 2 mil cartuchos 7,62 mm, mil cartuchos .50 e 200 granadas calibre 40.
  • Além disso, o Guaicuru pode lançar granadas de fumaça.
  • Por fim, os veículos possuem ainda equipamentos para melhorar a visibilidade, com sensor ótico e termal.
  • Com isso, o atirador consegue detectar alvo a longa distância e com baixa visibilidade.

Onde e Exército vai usar os Guaicurus?

O Brasil não é, historicamente, um país que costuma entrar em conflitos. Os novos blindados, porém, podem sim ser utilizados em guerras.

Segundo o Exército, os veículos são multitarefa. Ou seja, podem tanto atuar em missões de combate como também em missões de rotina.

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A ideia é que o Exército encaminhe os Guaicurus a diferentes unidades blindadas e mecanizadas da Força Terrestre. Elas ficam localizadas em diferentes estados, entre eles Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Paraíba, Pernambuco, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Distrito Federal, Tocantins, Pará e Roraima.

De acordo com o Exército, veículos são multitarefa, ou seja, servem para combate e para ações de rotina – Imagem: Divulgação/Exército Brasileiro

Lembrando que as primeiras unidades chegam apenas em 2026. E o prazo de entrega é de 10 anos.

As informações são do próprio Exército Brasileiro.