Como Paris está tentando se livrar dos ratos durante as Olimpíadas

A grande população de ratos de Paris é considerada uma ameaça para a saúde pública durante os Jogos Olímpicos
Por Alessandro Di Lorenzo, editado por Lucas Soares 26/07/2024 09h36
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Imagem: Svet foto/Shutterstock
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Paris é mundialmente conhecida por monumentos como a Torre Eiffel e a Catedral de Notre-Dame, por suas avenidas largas e pelo rio Sena. No entanto, ela também é famosa por um motivo bem desagradável: a quantidade de ratos. E é claro que isso é considerado um problema para a cidade-sede dos Jogos Olímpicos de 2024.

Objetivo não é exterminar a população de ratos da cidade

Para tentar amenizar o problema da infestação de ratos, as autoridades francesas implementaram algumas medidas. Entre elas, a realização de uma limpeza profunda para remover resíduos de alimentos e bloquear pontos de saída dos esgotos.

Em entrevista à AFP, a vice-prefeita de Paris, Anne-Claire Boux, garantiu que “todos os locais olímpicos e áreas de celebração foram analisados antes dos Jogos”. Ela ainda destacou que o objetivo não é exterminar os animais, uma vez que eles são úteis na manutenção dos esgotos, por exemplo. No entanto, os ratos precisam permanecer longe da vista dos turistas.

Paris é a cidade-sede dos Jogos Olímpicos de 2024 (Imagem: Svet foto/Shutterstock)

Tanto ratoeiras mecânicas quanto soluções químicas foram usadas para reduzir populações problemáticas em locais específicos. É o caso do parque que fica atrás da Torre Eiffel, onde acontecerão as disputas do vôlei de praia, além dos jardins do Louvre, onde a Pira Olímpica será reacesa.

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Uma questão de saúde pública

  • Além da questão da beleza dos espaços onde os eventos esportivos serão disputados, as autoridades de Paris está preocupadas com a saúde pública durante os Jogos Olímpicos.
  • Os animais são responsáveis pela transmissão de doenças, caso da leptospirose. 
  • Ratos contaminados transmitem a bactéria pela urina, e ela pode penetrar no corpo humano através de machucados.
  • Com a alta exposição aos roedores, aumentam as chances da doença, que resulta em sintomas como diarreia, dor nas articulações, vermelhidão ou hemorragia conjuntival e tosse.
Alessandro Di Lorenzo
Colaboração para o Olhar Digital

Alessandro Di Lorenzo é formado em Jornalismo pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e atua na área desde 2014. Trabalhou nas redações da BandNews FM em Porto Alegre e em São Paulo.

Lucas Soares
Editor(a)

Lucas Soares é jornalista formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie e atualmente é editor de ciência e espaço do Olhar Digital.