Por que as missões espaciais são lançadas perto da Linha do Equador?

A maioria dos lançamentos espaciais acontece próxima da Linha do Equador, uma linha imaginária que divide o planeta entre norte e sul.
Alessandro Di Lorenzo26/07/2024 04h58
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Imagem: Alones/Shutterstock
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Se você já acompanhou lançamentos de missões espaciais, deve ter reparado que eles acontecem sempre próximas da chamada Linha do Equador, uma linha imaginária que divide o planeta entre os hemisférios norte e sul. Mas existe uma explicação para isso?

Localização pode facilitar ida ao espaço

A resposta para a pergunta feita anteriormente é sim. Dependendo da localização do centro de lançamento é mais fácil chegar ao espaço.

É por isso que o Centro Espacial Kennedy, da NASA, na Flórida, está a 28° Norte. A base estelar da SpaceX fica a 25° Norte. O local de lançamento espacial de Wenchang fica a 19 ° norte. E o Centro Espacial da Guiana, da Agência Espacial Europeia, fica a 5° norte do equador, por exemplo.

No Equador, a Terra gira a 1.650 quilômetros por hora em relação ao centro do planeta. Quanto mais perto você estiver deste ponto, menos combustível precisará usar para ir ao espaço, uma vez que pode aproveitar essa velocidade de rotação.

Dessa forma, os lançamentos de missões espaciais ocorridos nesta região do planeta garantem 5% da velocidade horizontal necessária para entrar em órbita. Isso pode não parecer muito, mas reduz significativamente a necessidade de combustível.

É importante destacar, no entanto, que o lançamento próximo ao Equador é útil para muitas órbitas, mas não para todas. Vários espaçoportos também são encontrados bem acima de 50 graus de latitude, o que significa uma melhor localização dependendo do alvo a ser explorado pela missão espacial.

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Um foguete Falcon Heavy lançando o satélite meteorológico GOES-U (Imagem: SpaceX)

A importância de ter oceanos próximos

  • Outro ponto muito levado em consideração é que os lançamentos geralmente ocorrem perto do oceano.
  • Isso acontece porque os primeiros minutos da operação são críticos e, se o foguete falhar, é melhor que ele caia na água e não em regiões muito povoadas, como grandes cidades.
  • O Cosmódromo de Baikonur, no Cazaquistão, é uma exceção (o país não tem acesso a nenhum oceano).
  • No entanto, os foguetes lançados daquele local sempre assumem uma trajetória que evita locais com maiores concentrações de pessoas.
  • As informações são do IFLScience.
Alessandro Di Lorenzo
Colaboração para o Olhar Digital

Alessandro Di Lorenzo é formado em Jornalismo pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e atua na área desde 2014. Trabalhou nas redações da BandNews FM em Porto Alegre e em São Paulo.