A empresa Ocean Energy instalou a OE-35, seu modelo de bóia que converte ondas em energia na costa da ilha de Oahu. O local é da Marinha dos EUA, que o usa para testes deste tipo de geração de energia. Depois, a bóia vai se conectar à rede elétrica do Havaí.

Além do Havaí, o sistema foi testado na Escócia. Esses testes integram um projeto de US$ 12 milhões (R$ 68 milhões) financiado pelo escritório de Eficiência Energética e Energia Renovável do Departamento de Energia dos EUA e pela Autoridade de Energia Sustentável da Irlanda (SEAI, na sigla em inglês).

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Bóia aproveita a energia das ondas para gerar eletricidade – mas como isso é possível?

A OE-35 aproveita a energia das ondas por meio de um sistema de ar com fluxo duplo. Assim, tem o potencial de produzir 1,25 Megawatts (MW) – quantidade significativa de energia, capaz de alimentar milhares de residências ou até mesmo pequenas indústrias.

Bóia que gera energia a partir de ondas no oceano
Mecanismo da bóia OE-35 é diferente da maioria dos sistemas que geram energia a partir de ondas (Imagem: Ocean Energy)

Alguns sistemas de energia de ondas funcionam assim: conforme passam, as ondas comprimem uma coluna de ar, que aciona uma turbina capaz de expandir o ar. É como se fosse um motor a pistão, com um ciclo de potência seguido por um período inativo.

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A bóia OE-35 é diferente, pois usa uma turbina que funciona com base no princípio da turbina Wells – inventada por Alan Arthur Wells da Universidade Queen’s em Belfast no final dos anos 1970.

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Bóia que gera energia a partir de ondas no oceano
Bóia que converte ondas em energia foi testada na costa da ilha de Oahu (Imagem: Ocean Energy)

É uma turbina de ar de baixa pressão que gira continuamente em uma direção, independentemente da direção do fluxo de ar. Em outras palavras, à medida que a onda comprime o ar em três câmaras dentro da bóia, a turbina gira. Então, o ar se expande e o fluxo se reverte, mas a turbina ainda gira na mesma direção.

Assista abaixo um vídeo, publicado pela Ocean Energy, que mostra a bóia de vários ângulos:

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A vantagem: isso elimina a necessidade de mecanismos e válvulas complexos para lidar com o fluxo de ar bidirecional. E funcionou bem o suficiente nos testes para a subsidiária da Ocean Energy Group Ireland ter expectativa de comissionar a bóia OE-35 em breve.