Imagem: LanaUst/Shutterstock
Diversas crateras já foram localizadas na Sibéria. Os cientistas sabem que estas são áreas do permafrost que incham à medida que os fluidos, especialmente o metano, se acumulam abaixo da superfície. No entanto, uma nova descoberta pode ajudar a compreender melhor os fenômenos que acontecem na região.
Leia mais
Os cientistas ainda não sabem exatamente como o gás se acumula para formar os montes de gelo. No entanto, já descobriram que eles podem se explodir e foram enormes crateras no permafrost. A Yamal, que mede cerca de 20 metros de largura e 50 metros de profundidade, é um exemplo disso.
É possível que sistemas abertos possam criar a pressão necessária para uma explosão, mas isso exigiria taxas de fluxo de gás muito baixas para fora do sistema. Já os sistemas fechados são mais propensos a desencadear estas “erupções”, uma vez que têm muito mais pressão pressão.
Os pesquisadores afirmam que, com o aumento das temperaturas causado pelas mudanças climáticas, os dois sistemas podem apresentar um maior risco. Isso porque a superfície fica cada vez mais frágil com o aumento do processo de degelo. Em algum momento, o permafrost se torna tão fino que não consegue mais suportar a pressão de bolsões de gás abaixo, o que pode desencadear explosões.
Ainda segundo a equipe, o aumento destas erupções repentinas de gás representam um grave risco para as pessoas que vivem nas penínsulas de Yamal e Gydan, e também para infraestruturas existentes ali, como gasodutos. Outra grande preocupação é que cada vez mais metano acabe vazando para superfície, aumentando a temperatura do planeta.
Esta post foi modificado pela última vez em 29 de julho de 2024 11:19