O X (Twitter) possui regras rígidas contra a disseminação de conteúdo falso em sua plataforma, mas parece Elon Musk, dono da rede social, não se importa muito com as normas que ele mesmo ajudou a aprovar.

O bilionário republicou na semana passada um vídeo adulterado de Kamala Harris, vice-presidente dos EUA, em sua página da rede social. Prontamente, a campanha eleitoral de Kamala acusou Elon Musk de espalhar “mentiras manipuladas”.

publicidade

O vídeo, que não foi originalmente postado por Musk, mas que o bilionário republicou em seu perfil, foi manipulado com uma voz falsa, que tenta imitar a voz de Kamala, e diz “Fui selecionada porque sou a escolha definitiva para a diversidade” e que qualquer pessoa que a critique é “sexista e racista”.

O conteúdo já possui mais de 130 milhões de visualizações. Elon Musk postou o vídeo com as palavras “isso é incrível”, seguidas por um emoji dando risadas.

publicidade

Leia mais:

Amy Klobuchar, senadora democrata, acusou Musk de violar as diretrizes da plataforma. Abaixo, a postagem de Musk com o vídeo manipulado:

publicidade

X tem política contra deepfakes

  • Conforme a política do X, os usuários estão proibidos de compartilhar “mídia sintética, manipulada ou descontextualizada que possa enganar ou confundir as pessoas e causar danos”.
  • Embora sejam feitas concessões à sátira, é preciso que ela “não cause confusão sobre a autenticidade da mídia”.
  • Um porta-voz da campanha presidencial de Harris disse: “O povo americano quer a verdadeira liberdade, oportunidade e segurança que o vice-presidente Harris está oferecendo; não as mentiras falsas e manipuladas de Elon Musk e Donald Trump.”

Musk, que vem apoiando a candidatura de Donald Trump, não classificou o vídeo como uma paródia quando o publicou.

O governador democrata da Califórnia, Gavin Newsom, postou no X na noite de domingo que o vídeo manipulado de Harris deveria ser “ilegal” e que em breve ele assinaria um projeto de lei que vai proibir tal mídia.

estados unidos ia
Kamala Harris vem sendo alvo de deepfakes nas redes sociais (Imagem: lev radin/ Shutterstock)