Se você tiver mais do que 25 anos, já deve ter se deparado com um desses em algum momento da sua vida. Eu, com 35, passei a minha infância inteira vendo vários deles nos punhos dos adultos. Ou nas prateleiras das lojas.
Embora não seja tão conhecida pelos mais novos, a marca Casio tem grande importância nesse ramo. Sempre esteve entre as líderes de vendas de relógios de pulso – pelo menos aqui no Brasil. Sem contar que a maioria das calculadoras portáteis eram produzidas pela empresa japonesa.
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Ainda falando em relógios, a Casio acabou ficando um pouco para trás na corrida dos smartwatches. Até porque as gigantes dos celulares resolveram entrar na parada. E é muito difícil concorrer com a Apple e a Samsung. Ou com as chinesas.
Penando nisso, a grande aposta da companhia é na nostalgia. É nisso que investe o novo Casio WS-B1000, à venda no mercado internacional.
Ele tem a mesma cara dos relógios da marca que fizeram sucesso antigamente, mas conta com algumas novidades tecnológicas. Não dá para chamar de relógio inteligente, mas ele traz, sim, algumas novidades que podem agradar o público em geral.
Um relógio que… marca as horas
- O primeiro sucesso da marca, o Casiotron, fez sucesso nos anos 70, pois mostrava ano, mês, data, hora, minutos e segundos.
- O novo modelo faz a mesma coisa, mas também conta os seus passos.
- Essa aliás, é a única semelhança dele com os modernos smartwatches atuais – além da conectividade Bluetooth.
- A empresa acredita no conceito do “menos é mais”.
- Afirma que muita gente compra wearables de última geração e usa apenas o contador de passos (o que é verdade).
- O WS-B1000, portanto, entregaria o que o consumidor precisaria de fato.
- Um marcador de horas, um calendário, um alarme, uma pequena lanterna e um contador de passos.
- E tudo isso por um preço muito mais acessível: US$ 56.
- Fazendo a conversão, estamos falando em um produto na casa dos R$ 300.
- Ah, outra vantagem é a bateria clássica – aquela redondinha pequena.
- Para quem não conhece, ela precisa ser trocada de anos em anos.
- Bem diferente dos modelos atuais, que dia sim, dia também devem ser levados para as tomadas.
Retrô, útil e simples
Eu li um review desse produto na imprensa americana e fiquei surpreso com o quanto eles ficaram apaixonados pelo relógio de pulso.
E o deslumbramento tinha a ver com essas palavras do subtítulo: ele é retrô, útil e simples – inclua “barato” nessa lista também.
Aqui no Brasil, nossa realidade é um pouco diferente. Somos um país bem mais pobre e com menos acesso à tecnologia. Quem quer ter tecnologia de ponta acaba gastando muito dinheiro por isso.
Então não ficamos deslumbrados com relógios que mostram as horas e celulares que só fazem ligações. Muitas pessoas têm modelos que só fazem isso mesmo. E não por opção, mas por falta de recursos mesmo.
Independentemente disso, acho interessante a reação da mídia americana, pois isso mostra o quanto às vezes é importante se desligar um pouco do mundo virtual. E o quanto às vezes só precisamos olhar pro relógio para ver as horas – e não a pressão arterial, os batimentos cardíacos, os passos, a quilometragem e a glicemia.
As informações são do The Verge.
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