A Microsoft está pedindo aos membros do Congresso que regulem o uso de deepfakes gerados por IA para proteção contra fraude, abuso e manipulação, segundo informações do Washington Post.

O vice-presidente e presidente da Microsoft, Brad Smith, solicitou ações urgentes dos legisladores para proteger as eleições e proteger os idosos contra fraudes e as crianças contra abusos.

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“Embora o setor tecnológico e os grupos sem fins lucrativos tenham tomado medidas recentes para resolver este problema, tornou-se evidente que as nossas leis também precisarão evoluir para combater a fraude dos deepfakes”, disse Smith em uma postagem no blog.

“Uma das coisas mais importantes que os EUA podem fazer é aprovar um estatuto abrangente de deepfakes para evitar que os cibercriminosos usem essa tecnologia para roubar dos americanos comuns”, completou o executivo.

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Microsoft quer leis atualizadas para incluir IA

  • A Microsoft quer um “estatuto de fraude deepfake” que dará aos encarregados da aplicação da lei uma estrutura legal para processar golpes e fraudes gerados por IA.
  • Smith também está pedindo aos legisladores que “garantissem que nossas leis federais e estaduais sobre a exploração, o abuso sexual infantil e imagens íntimas não consensuais sejam atualizadas para incluir conteúdo gerado por IA”.
  • O Senado aprovou recentemente um projeto de lei que reprime os deepfakes sexualmente explícitos, permitindo que as vítimas de deepfakes de IA sexualmente explícitos não consensuais processem seus criadores por danos.
  • O projeto de lei foi aprovado meses depois que foi descoberto que estudantes do ensino fundamental e médio estavam fabricando imagens explícitas de colegas de classe, e cibercriminosos inundaram o X com falsificações gráficas da Taylor Swift, geradas por IA.

A Microsoft teve que implementar mais controles de segurança para seus próprios produtos de IA depois que uma lacuna no criador de imagens Designer AI da empresa permitiu que as pessoas criassem imagens explícitas de celebridades.

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“O setor privado tem a responsabilidade de inovar e implementar salvaguardas que evitem o uso indevido da IA”, afirma Brad Smith.

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