A força gravitacional do Sol é estudada há anos. E uma dúvida sempre persistiu. A maior estrela do Sistema Solar poderia “engolir” outros objetos e até planetas? Um estudo se debruçou nesta questão e apresentou resultados interessantes.

Até onde vai a influência gravitacional do Sol?

  • De acordo com os cientistas, é possível que a gravidade do astro seja forte o suficiente para capturar objetos a até 3,8 anos-luz de distância, como cometas e planetas “órfãos”.
  • O trabalho não conseguiu precisar até onde exatamente vai essa influência gravitacional, mas a equipe acredita que ela alcançaria pelo menos a Nuvem de Oort.
  • Esta esfera de objetos gelados fica a mais de 1 ano-luz do nosso astro e é considerada por muitos como a borda do Sistema Solar. 
  • Através de modelos matemáticos do astro e do espaço nos arredores, os pesquisadores ainda descobriram que uma região a até 3,81 anos-luz pode ainda ter a influência da gravidade.
  • Os resultados foram descritos em um estudo publicado no repositório arXiv, sem revisão de pares.
Tamanho da força gravitacional da estrela ainda é um enigma (Imagem: remotevfx.com/Shutterstock)

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Objetos podem ser atraídos para a órbita do grande astro

Os cálculos revelaram Pontos de Lagrange, que são regiões de estabilidade gravitacional, entre o Sol e o centro da Via Láctea. Estes pontos também existem entre a enorme estrela e a Terra, ajudando a manter o telescópio James Webb e outras espaçonaves em posições fixas.

No entanto, haveria dois pontos em que as esferas gravitacionais do Sol e da Via Láctea poderiam interagir. Segundo os cientistas, os objetos ali presentes passariam a orbitar o astro. Eles explicam que um corpo celeste qualquer seria atraído para a órbita da estrela e lá ficaria preso, a menos que fosse perturbado pela gravidade de algum outro objeto. 

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Astro poderia “sugar” outros objetos para sua órbita (Imagem: Lukasz Pawel Szczepanski/Shutterstock)

Isso sugere que a região próxima ao Sol poderia capturar até os chamados planetas errantes, que viajam livremente pelo espaço sem orbitar nenhuma estrela, ou objetos interestelares como o 1I/ʻOumuamua.