Em uma medida que pode trazer avanços no combate ao câncer, os Estados Unidos tiveram na última segunda-feira (29) a aprovação de um exame de sangue para detectar câncer colorretal em indivíduos com 45 anos ou mais.

A Administração de Alimentos e Medicamentos (FDA) dos EUA já havia sinalizado com uma recomendação para que o exame de sangue fosse aprovado, uma das etapas para a liberação final do procedimento, que agora finalmente ocorreu.

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Com a liberação, os médicos especialistas em diagnosticar e tratar a doença ganham uma nova opção de rastreamento para a segunda causa mais comum de mortes por câncer nos EUA.

Mais de 1 em cada 3 americanos não completa métodos de triagem, como colonoscopia ou exame de fezes, e uma simples coleta de sangue para a doença, menos invasiva que os métodos já conhecidos, pode ser incorporada aos exames físicos de rotina.

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O teste chamado Shield, da Guardant, limitou a detecção de câncer colorretal em estágio inicial e não detecta 87% dos crescimentos pré-cancerosos. Não é visto como um substituto para uma colonoscopia diagnóstica.

Câncer colorretal é o segundo tipo de câncer que mais causa mortes nos EUA – Imagem: Lightspring/Shutterstock

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Espera-se que o Shield seja lançado na próxima semana – e a aprovação do FDA o torna o primeiro exame de sangue para câncer colorretal para pessoas com risco médio que atende aos requisitos de cobertura do Medicare.

Como o teste consegue detectar o câncer colorretal no sangue

  • O teste rastreia o DNA que os tumores liberam na corrente sanguínea.
  • Foi demonstrado em um ensaio clínico que tem uma taxa de sensibilidade de 83,1% para câncer colorretal e identificou corretamente 89,9% dos pacientes sem câncer colorretal ou lesões pré-cancerosas.
  • Um resultado positivo levanta preocupação suficiente sobre a presença de câncer para justificar uma avaliação por colonoscopia, disse a Guardant.

Um painel consultivo da FDA recomendou em maio o exame de sangue como uma opção de triagem não invasiva, embora alguns membros expressassem preocupação com testes falsos negativos que não detectam lesões pré-cancerosas.

Exame de sangue ajudará em diagnósticos, mas não deve substituir a necessidade da colonoscopia – Imagem: Constantine Pankin – Shutterstock