A Amazon foi responsabilizada legalmente por produtos defeituosos vendidos em sua plataforma. A decisão foi tomada pela Comissão de Segurança de Produtos de Consumo dos Estados Unidos, que determinou que a empresa realize um recall dos itens.

Riscos de morte por descarga elétrica

  • Testes realizados pelo órgão fiscalizador dos EUA encontraram problemas de segurança em mais de 400 mil produtos vendidos pela Amazon.
  • Estes defeitos podem ocasionar riscos graves à saúde dos clientes, inclusive de morte por descarga elétrica.
  • Segundo a Comissão de Segurança de Produtos de Consumo, a plataforma enviou mensagens aos clientes “minimizando a gravidade” dos perigos.
  • Agora, a empresa deverá providenciar o reparo ou troca dos itens.
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Mais de 400 mil produtos vendidos pela Amazon apresentam defeitos (Imagem: Eric Broder Van Dyke/Shutterstock)

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Amazon contesta decisão e promete recorrer

Entre os produtos defeituosos estão pijamas infantis altamente inflamáveis, detectores de monóxido de carbono defeituosos e secadores de cabelo que podem causar descargas elétricas. De acordo com as autoridades norte-americanas, se os itens continuarem na posse dos consumidores, as crianças continuarão a usar roupas que podem pegar fogo enquanto elas dormem.

Ainda segundo o órgão, clientes confiarão involuntariamente em detectores defeituosos de monóxido de carbono que nunca os alertarão sobre a presença de monóxido das substâncias. E usarão os secadores de cabelo que não possuem proteção contra imersão na água, o que pode levar à morte.

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Amazon foi responsabilizada legalmente pelos problemas (Imagem: shutterstock/Golden Shrimp)

Os produtos defeituosos foram vendidos entre 2018 e 2021 nos EUA. Apesar dos alertas, a empresa apenas enviou mensagens avisando sobre possíveis falhas. Além disso, deu a cada cliente afetado um cartão-presente, sem exigir prova de destruição ou fornecer aviso público informando sobre os perigos envolvidos, como é exigido por lei.

Agora, a Amazon deverá criar um plano para realizar o recall dos produtos. A empresa, no entanto, promete recorrer da decisão e garante que tomou as medidas cabíveis ao informar os clientes sobre os defeitos. As informações são da Ars Technica.