Imagem: Yang Jie/Zhang Xiguang
Um fóssil de uma larva microscópica que viveu há meio bilhão de anos pode ser a chave para entender como o cérebro dos artrópodes (insetos, aranhas e caranguejos, por exemplo) evoluiu. Uma equipe de pesquisadores recuperou os restos mortais em incrível estado de conservação em uma formação rochosa na província de Yunnan, na China.
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Durante o trabalho, os pesquisadores escanearam o fóssil com raios-X para criar imagens 3D virtuais de suas estruturas internas. As imagens revelaram um cérebro e um sistema circulatório primitivo, incluindo vestígios de nervos que servem às pernas e olhos simples da larva.
Embora os cientistas não tenham certeza de como o fóssil ficou tão bem preservado, eles acreditam que, em algum momento logo após a morte da criatura, seus tecidos moles foram substituídos por fosfato e preservados na rocha.
Esse ótimo estado permitiu uma análise detalhada da anatomia do artrópode primitivo. Por exemplo, foi possível concluir que a larva tinha uma região ancestral do cérebro que se tornaria a protuberância de uma cabeça de artrópode com antenas e vários outros apêndices.
À medida que o cérebro do artrópode se desenvolveu, isso permitiu que os artrópodes exibissem comportamentos muito mais complicados e morfologias ainda mais complicadas. E isso levou ao rápido aumento da diversidade, que eles mantiveram até os dias modernos, afirmaram os pesquisadores.
Esta post foi modificado pela última vez em 1 de agosto de 2024 11:47