A Amazon divulgou, nesta quinta-feira (1), seus resultados financeiros no segundo semestre de 2024. Ainda, traçou sua meta de receitas no trimestre atual.

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Pessoa segurando celular com logotipo do Amazon Web Services, braço da Amazon voltado para computação em nuvem
AWS teve crescimento (Imagem: Photo For Everything/Shutterstock)

Receita da Amazon no segundo trimestre

  • O Amazon Web Services (AWS), negócio de nuvem da empresa fundada por Jeff Bezos, obteve aumento em sua receita;
  • Ela saltou em 19%, para US$ 26,3 bilhões (R$ 151,24 bilhões, na conversão direta);
  • As estimativas do mercado eram de US$ 25,95 bilhões (R$ 149,23 bilhões);
  • Mesmo com a AWS superando o valor que os especialistas esperavam, as ações da Amazon caíram no pregão estendido desta quinta-feira (1) em quase 8%;
  • Antes disso, no ano de 2024, os papéis da big tech tinham subido 23%.

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Segundo a Reuters, a alta inflação e altos custos de empréstimos vêm minando a ideia de empresas de investirem pesado em inteligência artificial (IA), de modo que empresas que oferecem serviços na nuvem não correspondam as elevadas expectativas dos especialistas de Wall Street.

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O CFO da Amazon, Brian Olsavsky, disse, a jornalistas, que os consumidores estavam sendo mais cautelosos com gastos. “Eles estão procurando por ofertas”, disse ele, observando que produtos com preços mais baixos estão sendo vendidos mais rapidamente.

“Continuamos a progredir em diversas dimensões, mas talvez nenhuma mais do que a contínua reaceleração no crescimento da AWS”, disse o CEO da Amazon, Andy Jassy, em comunicado com os resultados.

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Já as vendas no e-commerce da Amazon aumentaram 5% no trimestre passado, chegando aos US$ 55,4 bilhões (R$ 318,59 bilhões), em comparação com ganho de 7% no primeiro trimestre.

Jassy afirmou, a analistas, que os clientes estavam reduzindo os preços sempre que podiam.

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À Reuters, o analista da M Science, Charles Rogers, analisou a relação entre o varejo e o negócio em nuvem da empresa.

Eles estão mostrando um impulso contínuo na nuvem em termos de reaceleração e é aí que certamente acho que os investidores estarão mais positivos, mas o aspecto do varejo é definitivamente o que está pesando sobre as ações agora.

Charles Rogers, analista da M Science, à Reuters

Segundo Olsavsky, os gastos da empresa com IA – que vêm aumentando para competir com rivais, como Microsoft e Google – no primeiro semestre deste ano foram de cerca de US$ 30,5 bilhões (R$ 175,39 bilhões), sendo cerca de US$ 16,5 bilhões (R$ 94,88 bilhões) no segundo trimestre.

As vendas de publicidade também não tiveram suas metas atingidas. Enquanto, segundo a LSEG, a estimativa do mercado era de US$ 13 bilhões (R$ 74,76 bilhões), a empresa informou vendas no valor de US$ 12,8 bilhões (R$ 73,61 bilhões).

Apesar do resultado, Olsavsky se disse satisfeito com o desempenho do setor de publicidade, afinal, as vendas cresceram 20% no trimestre.

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E-commerce da Amazon também teve alta nas vendas (Imagem: Sergei Elagin/Shutterstock)

Vendas futuras abaixo das estimativas

Outro ponto que desanimou os investidores foi a estimativa de vendas da empresa para este semestre, abaixo do esperado. A companhia estima receita entre US$ 154 bilhões (R$ 885,62 bilhões) e US$ 158,5 bilhões (R$ 911,5 bilhões), ante a expectativa de analistas, que era de US$ 158,24 bilhões (R$ 910 bilhões), segundo dados da LSEG.

Apesar da previsão, Olsavsky indicou ser difícil fazer previsões, pois eventos, como a eleição presidencial nos EUA e as Olimpíadas de Paris (França) estão “distraindo” os consumidores.

O CFO disse, ainda, que o Prime Day, realizado no mês de julho, foi o “maior de todos os tempos”, mas não deu detalhes.

Matéria em atualização