Representação artística de um asteroide na órbita de Marte. Créditos: Fordelse Stock (Marte); Yes058 Montree Nanta (asteroide) / Shutterstock. Edição: Olhar Digital
Arthur Ruiz, um garoto de 7 anos morador de Ourinhos, São Paulo, descobriu um asteroide na órbita de Marte que, em milhões de anos, pode passar próximo ou até colidir com a Terra.
O pequeno é membro da equipe Theta Mensae da Associação Mensa Brasil, que reúne pessoas superdotadas, e participou da análise de imagens enviadas pelo International Astronomical Search Collaboration (IASC – Programa de Colaboração de Pesquisa Astronômica Internacional, em tradução livre) / NASA, capturadas pelos telescópios PANSTARRS 1 e 2, no Havaí.
De acordo com uma reportagem do jornal O Globo, Arthur começou a mostrar interesse por astronomia aos 2 anos. Aos seis, foi avaliado como superdotado, com um QI de 150. Além da astronomia, ele se destaca no aprendizado de língua portuguesa e matemática.
Ele faz parte de uma equipe de jovens cientistas composta por Bernardo Leitão (7 anos), Benício Zenha (6 anos), Alexandre Franchini Woo (8 anos), Paulo Augusto Tomadon (8 anos) e Vitor Sena Ramos (9 anos). Sob a coordenação de Maria Beatriz de Andrade, do programa Caça Asteroides da Mensa Brasil, Arthur teve a honra de fazer a observação inicial do asteroide, garantindo o direito de nomeá-lo.
“Descobrir algo importante me deixa motivado a aprender cada vez mais sobre o espaço. Quero ser astrônomo ou astrofísico quando crescer e nomear o asteroide de ‘Arthur’, porque fui o primeiro a detectá-lo”, declarou o garoto.
O anúncio de que Arthur poderá batizar o asteroide foi feito durante uma live promovida pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), com a participação de Patrick Miller, fundador e diretor do IASC/Nasa.
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O Programa Caça Asteroides é uma iniciativa conjunta do MCTI e do IASC/Nasa, com apoio da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) e do Observatório Nacional (ON). O projeto permite que pessoas comuns, como Arthur e seus colegas, participem ativamente na análise de corpos celestes.
A descoberta das crianças foi recentemente oficializada e publicada nos sites do Minor Planet Center (Harvard/Smithsonian) e da NASA Astrophysics Data System. O asteroide recebeu uma designação provisória da União Astronômica Internacional (IAU) de “2024 JB 29”. O objeto passará por um período de análise de três a cinco anos para que sua órbita seja traçada e outras medições sejam feitas. Após esse período, o nome proposto por Arthur será submetido à análise da IAU.
Esta post foi modificado pela última vez em 2 de agosto de 2024 16:27