Lugar mais quente da Terra bateu recorde de temperatura em julho

Os efeitos das mudanças climáticas estão sendo sentidos até mesmo no local mais quente do nosso planeta. O Parque Nacional do Vale da Morte, na Califórnia, Estados Unidos, bateu o recorde de mês mais quente já registrado em julho deste ano.

Marcas ultrapassaram os 50°C

• Os termômetros alcançaram uma média diária de 42,5ºC durante o período, acima do recorde anterior, de 42,3ºC, registrado em 2018.
• Neste mês de julho, a temperatura mais alta foi de 54ºC, no dia 7, de acordo com a estação meteorológica em Furnace Creek.
• O parque chegou a ter nove dias com 51,7 °C ou mais.
• Apenas durante sete dias em todo o mês a temperatura ficou abaixo de 48,9ºC.
• Além disso, à noite, a temperatura média foi de 35,1 °C.
• O Parque Nacional do Vale da Morte detém o recorde de temperatura mais alta já registrada no planeta, em 10 de julho de 1913.
• Na data, a região chegou a 56,7°C, segundo a Organização Meteorológica Mundial (OMM).

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Calor extremo causou morte de motociclista

Os números deixaram a organização do local em alerta. O superintendente do Parque Nacional do Vale da Morte, Mike Reynolds, disse que temperaturas assim devem se tornar cada vez mais comuns em função das mudanças climáticas.

Por isso, ele observou que os visitantes devem planejar com antecedência e vir preparados para enfrentar temperaturas extremas durante os meses de verão. No dia 7 de julho, um motociclista que visitava o espaço morreu devido à exposição ao calor em meio à temperatura de 53,3°C.

Reynolds ainda destacou que os guardas florestais atenderam a vários incidentes relacionados ao calor com risco de morte. Em um dos casos, um homem teve de ser resgatado das dunas de areia depois de perder seus chinelos e sofrer queimaduras de segundo grau.

A recomendação é que os turistas que visitam o Vale da Morte durante o verão no Hemisfério Norte fiquem a menos de 10 minutos a pé de um veículo com ar condicionado, bebam bastante água, levem lanches e usem chapéu e protetor solar. As informações são do IFLScience.