O Google renovou sua parceria com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para as eleições de 2024. A gigante da tecnologia vai destacar informações oficiais da justiça eleitoral em suas plataformas, como o motor de busca e o YouTube, direcionando os usuários para conteúdos verificados sobre “título de eleitor”, “como votar” e “onde votar”.

Em 2022, essa estratégia resultou em 30% do tráfego de busca no dia das eleições.

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A partir de outubro, o YouTube exibirá painéis com informações direcionadas ao site do TSE. Além disso, a Play Store terá um selo de verificação para identificar aplicativos oficiais.

A empresa também lançou uma página no Google Trends dedicada às eleições, destacando candidatos de São Paulo e Rio de Janeiro.

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Restrições de conteúdo eleitoral no Gemini e conteúdos sintéticos

  • O Google anunciou que seu chatbot de inteligência artificial (IA), Gemini, terá restrições para responder a perguntas relacionadas às eleições.
  • Essa medida faz parte de uma política global da empresa para evitar a disseminação de desinformação em um período sensível como o eleitoral.
  • O objetivo é garantir que as informações fornecidas sobre o processo eleitoral sejam confiáveis e verídicas, minimizando o risco de interferências indevidas ou manipulação de dados.
  • No YouTube, o Google está implementando um selo obrigatório para identificar vídeos que foram gerados ou alterados por inteligência artificial.
  • Essa medida visa aumentar a transparência sobre o uso de IA em conteúdos audiovisuais, ajudando os espectadores a discernir entre conteúdos genuínos e aqueles que podem ter sido manipulados.
  • Além disso, a plataforma atualizou suas ferramentas de denúncia para que os usuários possam reportar com mais facilidade conteúdos sintéticos ou manipulados que possam induzir a erro.
Google anunciou restrições aplicadas no Gemini para as eleições. (Imagem: dennizn / Shutterstock.com)

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Veto do Google a anúncios políticos

Após uma resolução do TSE, o Google vetou anúncios políticos em suas plataformas de publicidade, incluindo o Google Ads e o YouTube. A empresa justificou a medida citando dificuldades em cumprir plenamente as exigências da nova regulamentação.

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Apesar disso, uma análise do Netlab da UFRJ apontou inconsistências na aplicação dessas políticas, com sete anunciantes ainda veiculando conteúdo político-eleitoral.

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Google vetou anúncios políticos após resolução do TSE. (Imagem: Sergei Elagin / Shutterstock.com)

O Google será responsável por remover conteúdos eleitorais inverídicos, sem necessidade de decisão judicial prévia, e criar um repositório de anúncios para monitoramento em tempo real.

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A empresa também anunciou a doação de R$ 4 milhões para o Instituto Palavra Aberta, visando a educação midiática, e apoio a projetos de checagem de fatos, como o “LupaScan” e o “Busca Fatos”.