Antioxidante encontrado em algas marinhas pode ajudar a prevenir Parkinson

Pesquisadores de Osaka, no Japão, descobriram que os antioxidantes da Ecklonia cava podem restaurar funções motoras e intestinais
Por Ana Julia Pilato, editado por Bruno Capozzi 05/08/2024 14h52
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(Imagem: Svetlana Orusova/Shutterstock)
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Após a descoberta de um gene nas moscas de frutas capaz de reverter sintomas de Parkinson, pesquisadores agora apontam que um antioxidante encontrado em algas marinhas pode ajudar a prevenir a doença.

Entenda:

  • Pesquisadores da Universidade Metropolitana de Osaka, no Japão, descobriram que os antioxidantes da alga marinha Ecklonia cava (trombeta-do-mar) podem ajudar a prevenir o Parkinson;
  • Testes com camundongos mostraram que a administração dos antioxidantes pode restaurar funções motoras e intestinais, além da mucosa do cólon;
  • Isso graças à ativação da proteína AMPK, que barra a produção de espécies reativas do oxigênio causadoras de morte neuronal;
  • O artigo foi publicado na revista Nutrients.
Parkinson
Antioxidante da alga Ecklonia cava pode prevenir o Parkinson. (Imagem: Chinnapong/Shutterstock)

A descoberta foi feita por um grupo de pesquisadores da Universidade Metropolitana de Osaka, no Japão, liderado por Akiko Kojima-Yuasa. Em um artigo publicado na revista Nutrients, o grupo analisou o efeito fisiológico dos antioxidantes da alga Ecklonia cava (mais conhecida como trombeta-do-mar) para a prevenção do Parkinson.

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Antioxidante das algas marinhas combate morte neuronal

A equipe realizou dois testes de função motora com camundongos, dois tipos de testes de função motora foram conduzidos usando camundongos com um modelo da doença de Parkinson. Os animais receberam doses semanais dos antioxidantes via oral, e, depois, rotenona — substância química usada em inseticidas, piscicidas e pesticidas.

Antioxidante ativa proteína que combate morte neuronal. (Imagem: Viviana Delidaki/Shutterstock)

O antioxidante restaurou a função motora afetada pela rotenona, e também observou-se uma melhora nas funções intestinais e na mucosa do cólon. Os resultados indicam que os antioxidantes ativam a proteína AMPK, reguladora da energia intracelular, e barram a produção de espécies reativas do oxigênio que provocam morte das células neuronais.

“O estudo sugere que os antioxidantes da Ecklonia cava podem reduzir o dano neuronal pela ativação da AMPK e inibir a produção de espécies reativas de oxigênio intracelulares. Espera-se que a Ecklonia cava seja um ingrediente eficaz na prevenção da doença de Parkinson”, explica Kojima-Yuasa em comunicado.

Ana Julia Pilato
Colaboração para o Olhar Digital

Ana Julia Pilato é formada em Jornalismo pela Universidade São Judas (USJT). Já trabalhou como copywriter e social media. Tem dois gatos e adora filmes, séries, ciência e crochê.

Bruno Capozzi é jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero e mestre em Ciências Sociais pela PUC-SP, tendo como foco a pesquisa de redes sociais e tecnologia.