Um relatório desenvolvido pela ACI Worldwide, em parceria com a GlobalData, aponta para o aumento das ações de criminosos. De acordo com o levantamento, o total de perdas envolvendo golpes praticados via PIX deve ultrapassar os US$ 635,6 milhões (aproximadamente R$ 3,7 bilhões) no Brasil até 2027.

Golpes via PIX são mais frequentes em baixas e médias quantias

São considerados “golpes do PIX” aqueles em que os criminosos coagem os usuários a realizarem uma ou mais transferências para uma conta de destino controlada por golpistas. Normalmente, o dinheiro da vítima passa por uma, ou várias, contas que servem para dividir e transferir os recursos, dificultando o rastreio por parte das instituições financeiras.

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Os criminosos agem de duas formas. Através do convencimento, quando tentam convencer a vítima de que aquele é um bom negócio ou que aquele pagamento precisa ser feito. Ou pela chamada “confiança herdada”, quando o golpista clona WhatsApp de familiares ou amigos da vítima e pede dinheiro, por exemplo, ou se dedica a estabelecer algum vínculo de confiança com a vítima.

Neste segundo caso, a tecnologia pode ser utilizada para aplicar o golpe. Já há registros, por exemplo, do uso de inteligência artificial para criar conversas mais críveis.

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Criminosos tentam coagir vítimas a realizarem transferências para contas PIX de golpistas (Imagem: Syda Productions/Shutterstock)

De acordo com a pesquisa, as principais formas de golpe que acontecem no Brasil são: pedidos para fazer transferência como adiantamento do pagamento por um produto ou serviço (27%); pedidos para comprar um produto (20%); pedidos para investir em um produto ou empresa (17%); pedidos para pagar uma fatura ou saldo devedor (10%); pedidos de transferências por alguém que fingiu estar em um relacionamento romântico com a vítima (7%); pedidos de pagamentos alegando ser uma pessoa ou organização confiável, como a polícia ou o serviço postal (7%); e outros (13%).

O levantamento ainda aponta que mais de 60% das fraudes no Brasil em 2023 envolveram perdas de baixas e médias quantias, que são mais difíceis de serem rastreadas. As informações são do G1.

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Golpes envolvendo o PIX estão cada vez mais comuns no Brasil (Imagem: Diego Thomazini/Shutterstock)

Dicas para se proteger de golpes

  • Nunca realize ligações para números de telefone (0800) recebidos em SMS ou outras mensagens. 
  • Ligue sempre para o número da central de atendimento do seu banco ou para o seu gerente para confirmar transações.
  • Os bancos até podem ligar para os clientes para confirmar transações suspeitas, mas nunca pedem informações como senhas, tokens e outros dados pessoais nessas ligações. 
  • Os bancos também nunca ligam e pedem para que clientes façam transferências, PIX ou qualquer tipo de pagamento.
  • Se for algo fácil ou bom demais, desconfie. 
  • Em uma transação comercial com o uso do PIX, o recebedor sempre deve checar se o dinheiro realmente caiu em sua conta bancária para posteriormente entregar o produto da venda.
  • Habilite a opção “Verificação em duas etapas” no WhatsApp.
  • Configure esse tipo de verificação também em outros aplicativos bancários e que contenham informações importantes.
  • Cuidado com a exposição de dados nas redes sociais, como por exemplo em sorteios e promoções que pedem número de telefone do usuário e outras informações pessoais.
  • Ao receber uma mensagem de algum contato com número novo, certifique-se de que a pessoa realmente mudou o número de telefone. 
  • Não faça PIX ou qualquer tipo de transferência até falar com a pessoa que está solicitando dinheiro.
  • Sempre pesquisa sobre a empresa de leilões em sites de reclamação e confira o CNPJ do leiloeiro. 
  • Nunca faça transações em sites que não tenham o cadeado de segurança no navegador nem transferências para contas de pessoas físicas.
  • O banco nunca contacta cliente via ligações ou mensagens e pede para que ele instale algum aplicativo.