Mensagens desesperadas são encontradas em prisão da era romana

Mensagens deixadas nas rachaduras do local indicam que as condições enfrentadas pelos prisioneiros romanos teriam sido terríveis
Por Alessandro Di Lorenzo, editado por Lucas Soares 12/08/2024 19h19
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Imagem feita com inteligência Artificial. Alessandro Di Lorenzo/Olhar Digital/DALL-E
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Os historiadores acreditam que existiram prisões em quase todas as cidades da era romana. No entanto, ruínas destes espaços são raríssimas, o que impede uma maior compreensão sobre elas. Uma dificuldade que pode ser superada em razão de um novo achado.

Mensagens foram encontradas gravadas no chão do local

  • Um arqueólogo identificou os restos de uma prisão romana em Corinto, atual Grécia.
  • O local data de cerca de 1.600 anos atrás, quando o Império Romano controlava a área e muitas pessoas estavam se convertendo ao cristianismo.
  • Mas o que mais impressionou os pesquisadores foram diversas mensagens encontradas no chão e que supostamente deixadas pelos prisioneiros.
  • O conteúdo delas pode ajudar a entender como era a vida dos romanos presos e como funcionavam estas antigas prisões.
  • As informações são do Live Science.
Espaço foi localizado em meio às ruínas da cidade de Corinto (Imagem: Anastasiia-S/Shutterstock)

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Prisioneiros romanos teriam enfrentado condições terríveis

De acordo com a equipe responsável pela descoberta, as mensagens contêm apelos escritos em grego antigo. Um deles diz “que a fortuna daqueles que sofrem neste lugar sem lei prevaleça. Senhor, não tenha misericórdia daquele que nos lançou aqui”.

Todas as inscrições foram localizadas em rachaduras no piso. Outro exemplo indica que os prisioneiros podiam passar muito tempo atrás das grades: “portador de Deus, retribua [a punição dada por] Marinos, aquele que nos jogou aqui e nos fez passar o inverno”.

Cidades romanas também teriam abrigado prisões (Imagem feita com inteligência Artificial. Alessandro Di Lorenzo/Olhar Digital/DALL-E)

Foram encontradas também representações de jogos de tabuleiros, sugerindo que esta pode ter sido uma das formas encontradas pelos prisioneiros para passar o tempo. Além disso, restos de jarros e lâmpadas foram descobertos no corredor leste da prisão, o que teria fornecido água e um pouco de luz.

Por fim, há evidências de uma pequena latrina em uma das câmaras da prisão. Segundo os pesquisadores, as descobertas indicam que as condições enfrentadas pelos prisioneiros romanos teriam sido terríveis e que eles teriam passado muito tempo em um espaço bastante escuro e afastado.

Alessandro Di Lorenzo
Colaboração para o Olhar Digital

Alessandro Di Lorenzo é formado em Jornalismo pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e atua na área desde 2014. Trabalhou nas redações da BandNews FM em Porto Alegre e em São Paulo.

Lucas Soares
Editor(a)

Lucas Soares é jornalista formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie e atualmente é editor de ciência e espaço do Olhar Digital.