Elon Musk comprou o Twitter e até mudou o nome da plataforma para X, mas isso não significa que os líderes da rede social antes de sua chegada tenham afeição ao bilionário. Ao menos quando ele faz comentários sobre os tumultos do Reino Unido que não repercutem bem no continente europeu.
Em um artigo escrito ao The Guardian, o ex-vice-presidente do Twitter para a Europa, Bruce Daisley, comentou que não pode ser certo que o bilionário proprietário do X e outros executivos de tecnologia possam semear a discórdia sem riscos pessoais.
Para Daisley, Elon Musk deveria enfrentar “sanções pessoais” e até mesmo a ameaça de um “mandado de prisão” se for descoberto que está provocando desordem pública em sua própria rede social.
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Ele ainda diz que o primeiro-ministro, Keir Starmer, deveria reforçar as leis de segurança online e refletir sobre se o regulador da mídia, Ofcom, “está apto para lidar com as ações confusamente rápidas de pessoas como Musk”.
“Na minha experiência, essa ameaça de sanções pessoais é muito mais eficaz para os executivos do que o risco de multas corporativas”, escreve Daisley, argumentando que tais sanções poderiam impactar o estilo de vida dos bilionários da tecnologia.
Entenda a polêmica “Elon Musk x Reino Unido”
- Elon Musk tem sido alvo de pessoas influentes do Reino Unido. Os ânimos estão quentes devido ao dono do X comentar que as revoltas no Reino Unido poderiam levar a uma “guerra civil”.
- Autoridades e políticos britânicos, desde então, tem criticado a fala de Elon Musk, alegando que ele não teve responsabilidade em sua declaração; por espalhar potencial desinformação, e por ser uma figura influente, capaz de incentivar mais conflitos ou episódios violentos com seus comentários.
- A publicação de Musk ainda estaria violando uma lei aprovada no ano passado no Reino Unido, a Lei de Segurança Online, que buscar criar uma fiscalização de conteúdos ilegais e prejudiciais na Internet.
Daisley, que trabalhou no Twitter, agora X, de 2012 a 2020, descreve Musk como alguém que “assumiu a aura de um adolescente no ônibus sem fones de ouvido, criando muito barulho”.
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