Queda de avião em Vinhedo: vítimas morreram de politraumatismo, diz IML

Reconhecimento dos corpos não tem prazo para terminar, mas algumas vítimas do avião que caiu em Vinhedo já foram sepultadas
Por Pedro Spadoni, editado por Bruno Capozzi 13/08/2024 08h23, atualizada em 13/08/2024 09h48
Destroços de avião que caiu em Vinhedo
Acidente matou todos a bordo (Imagem: SSP-SP)
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As pessoas que estavam a bordo do avião da Voepass que caiu em Vinhedo (SP) morreram de politraumatismo, informou a Polícia Técnico-Científica de São Paulo na segunda-feira (12). Na aeronave, estavam 62 pessoas: 58 passageiros e quatro tripulantes.

“Hoje, nós temos a convicção de que todos morreram de politraumatismo. É uma certeza científica, a aeronave despencou de uma altura de quatro mil metros e, ao atingir o solo, o choque foi muito grande e todos eles sofreram politraumatismo”, disse o diretor do Instituto Médico Legal (IML), Vladmir Alves dos Reis.

O avião despencou quatro quilômetros de uma vez e atingiu o solo a 440 km/h. O diretor do IML acrescentou que as vítimas morreram com o impacto da queda e, depois, seus corpos foram carbonizados.

O reconhecimento dos corpos ainda não tem prazo para terminar. E os primeiros sepultamentos ocorreram na segunda-feira.

Avião que caiu em Vinhedo tinha problemas e ficou quatro meses sem voar

Antes de cair num condomínio no interior paulista, a aeronave modelo ATR-72 tinha registrado problemas com ar-condicionado e sistema hidráulico. Isso foi em março de 2024.

Avião da Voepass do mesmo modelo da aeronave que caiu em Vinhedo (SP); no destaque, uma caixa-preta (Imagem: Joao Fachetti – Shutterstock / Grupo One Air / Edição: Olhar Digital)

Além disso, o avião tinha sofrido “dano estrutural” por “contato anormal” com a pista, o que o deixou fora de operação por quatro meses. Segundo o programa Fantástico, da TV Globo, esse contato foi um choque da cauda da aeronave com a pista.

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Queda de avião em Vinhedo foi pior acidente desde aquele com avião da TAM no aeroporto de Congonhas em 2007 (Imagem: Agência LUZ/ABr)

Em relação ao acidente – o pior desde aquele com um avião da TAM no aeroporto de Congonhas, em 2007 – o Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) concluiu a “ação inicial” da investigação e extraiu o conteúdo das duas caixas-pretas da aeronave. O relatório preliminar sobre a queda do avião em Vinhedo deve sair em até 30 dias.

Pedro Spadoni
Redator(a)

Pedro Spadoni é jornalista formado pela Universidade Metodista de Piracicaba (Unimep). Já escreveu para sites, revistas e até um jornal. No Olhar Digital, escreve sobre (quase) tudo.

Bruno Capozzi é jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero e mestre em Ciências Sociais pela PUC-SP, tendo como foco a pesquisa de redes sociais e tecnologia.