O Japão já foi o principal produtor de chips semicondutores no passado. Com o passar do tempo, no entanto, o país perdeu este posto. Agora, com a cada vez maior importância do produto e em meio a disputas geopolíticas intensas, os japoneses querem retomar o seu protagonismo no setor.

Objetivo é produzir chips de 2 nanômetros até 2027

Na década de 1980, o Japão era o player dominante no mercado de semicondutores. No entanto, grandes mudanças na cadeia de suprimentos dos produtos mudaram este cenário.

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Atualmente, Taiwan é considerado o principal local de fabricação de semicondutores do mundo. Por outro lado, Estados Unidos e Holanda também têm papéis importantes neste processo.

Para tentar voltar ao posto de maior produtor mundial, o governo do Japão está investindo bilhões de dólares em subsídios para o setor. No centro destes esforços está a Rapidus Corporation, uma empresa fundada em 2022 e que pretende fabricar chips de 2 nanômetros até 2027. As informações são da CNBC.

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Chips da Intel e AMD
Japão quer produzir chips de alta complexidade até 2027 (Imagem: Juan D./Pixabay)

Se atingir este objetivo, o país será capaz de produzir um dos semicondutores mais avançados do planeta. Lembrando que um tamanho menor dos dispositivos significa um melhor o desempenho dos processadores.

A ideia japonesa é reaquecer sua indústria doméstica. Dessa forma, o país poderia exportar o produto para diversos países do mundo, entre eles os EUA. Além disso, isso colocaria Tóquio numa posição de destaque no mundo da geopolítica atual, se contrapondo aos chineses, seus rivais históricos.

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EUA querem impedir acesso da China aos chips semicondutores (Imagem: Shutterstock)

Disputa pela hegemonia tecnológica mundial

  • Além de fomentar a produção nacional de chips e o desenvolvimento da inteligência artificial, o governo dos Estados Unidos tenta impedir o acesso da China aos produtos.
  • O movimento tem sido chamado de “guerra dos chips“.
  • Pequim foi impedida não apenas de importar os chips mais avançados, mas também de adquirir os insumos para desenvolver seus próprios semicondutores e supercomputadores avançados, e até mesmo dos componentes, tecnologia e software de origem americana que poderiam ser usados para produzir equipamentos de fabricação de semicondutores para, eventualmente, construir suas próprias fábricas para fabricar seus próprios chips.
  • Além disso, cidadãos norte-americanos não podem mais se envolver em qualquer atividade que apoie a produção de semicondutores avançados na China, seja mantendo ou reparando equipamentos em uma fábrica chinesa, oferecendo consultoria ou mesmo autorizando entregas a um fabricante chinês de semicondutores.