A gigante chinesa Huawei está prestes a lançar um novo chip para inteligência artificial. A esperança da empresa é que a novidade vai superar as sanções impostas pelos Estados Unidos contra a China, além de ameaçar o domínio da Nvidia no setor.

Novo chip pode significar uma importante vitória para a China

Empresas chinesas de internet e operadoras de telecomunicações já estão testando o mais novo processador da Huawei, chamado Ascend 910C. Segundo a gigante do país, o novo chip é comparável ao H100 da Nvidia, que foi lançado no ano passado e não está disponível na China em função das proibições impostas pela Casa Branca.

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O sucesso do novo produto da Huawei pode significar que a empresa está pronta para driblar as dificuldades criadas pelas sanções norte-americanas. Além disso, é uma forte resposta da China no sentido de que o país consegue desenvolver alternativas próprias para suprir a demanda doméstica por chips semicondutores. Por fim, pode ocupar o espaço deixado pela Nvidia após a proibição das vendas de alguns produtos em território chinês.

Gigante chinesa está otimista com o novo produto (Imagem: Fonti.pl/Shutterstock)

Segundo informações do The Wall Street Journal, empresas como a ByteDance, controladora do TikTok, a gigante de buscas Baidu e a operadora estatal de telecomunicações China Mobile já abriram negociações para usar o 910C. Os pedidos podem ultrapassar a marca de 70 mil unidades, com um valor total de cerca de US$ 2 bilhões (mais de R$ 10 bilhões).

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A Huawei pretende começar a entregar os novos dispositivos já em outubro deste ano. Oficialmente, no entanto, a empresa chinesa não se pronunciou sobre o assunto.

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startups guerra dos chips
EUA querem impedir acesso da China aos chips semicondutores (Imagem: Shutterstock) (Imagem: Quality Stock Arts/Shutterstock)

Disputa pela hegemonia tecnológica mundial

  • Além de fomentar a produção nacional de chips e o desenvolvimento da inteligência artificial, o governo dos Estados Unidos tenta impedir o acesso da China aos produtos.
  • O movimento tem sido chamado de “guerra dos chips“.
  • Pequim foi impedida não apenas de importar os chips mais avançados, mas também de adquirir os insumos para desenvolver seus próprios semicondutores e supercomputadores avançados, e até mesmo dos componentes, tecnologia e software de origem americana que poderiam ser usados para produzir equipamentos de fabricação de semicondutores para, eventualmente, construir suas próprias fábricas para fabricar seus próprios chips.
  • Além disso, cidadãos norte-americanos não podem mais se envolver em qualquer atividade que apoie a produção de semicondutores avançados na China, seja mantendo ou reparando equipamentos em uma fábrica chinesa, oferecendo consultoria ou mesmo autorizando entregas a um fabricante chinês de semicondutores.